Pablo Forero: “Não há intenção de transformar o BPI numa sucursal”
O presidente executivo do BPI diz que não faz parte dos objetivos do CaixaBank mudar o estatuto que o BPI tem em Portugal, destacando que o banco "tem uma reputação reconhecida pelos clientes.
Transformar o BPI numa sucursal do CaixaBank não faz parte dos planos do banco espanhol. A posição foi afirmada por Pablo Forero, presidente executivo do banco português, que em entrevista ao Jornal Económico (acesso pago) disse ainda que o objetivo é que o BPI continue a ser uma instituição de referência em Portugal.
“Não há qualquer intenção de transformar o BPI numa sucursal”, disse Pablo Forero, acrescentando que o banco “tem uma reputação reconhecida pelos clientes, que gostam da marca” e que, “por isso, foi anunciado que não haverá nenhuma alteração no nome do banco“.
O CEO do BPI vem assim reforçar a posição defendida pelo CaixaBank no seguimento da Oferta Pública de Aquisição (OPA) sobre o BPI que concluiu com sucesso no início de fevereiro deste ano.
Relativamente à tomada de controlo do BPI resultante da OPA, Pablo Forero defende que isso “trouxe estabilidade acionista e robustez no capital“, dizendo que tal é “um fator muito relevante para a vida do banco e para as suas perspetivas futuras”. Mas o responsável do BPI também salienta os bons resultados conseguidos no ano passado na atividade doméstica. “Em 2017, registámos na atividade doméstica os melhores resultados dos últimos dez anos, acabamos o ano com um número recorde de clientes e a ganhar quota de mercado na generalidade dos segmentos em que o banco atua”, contextualizou o CEO do banco.
Em termos de indicadores de atividade, Pablo Forero defende que o BPI “é, de longe, o banco com a melhor qualidade de ativos”. “Temos o melhor rácio de non-performing exposures em Portugal — de acordo com os critérios da Autoridade Bancária Europeia (EBA)”, diz a esse propósito.
Para além da intenção de não mudar o estatuto do BPI para sucursal, Pablo Forero falou de outros temas relevantes para o BPI como é o caso do processo de venda dos 48% que o banco tem no BFA em Angola e a dispersão em bolsa, algo que o presidente do BPI vê com bons, apesar de adiantar que de momento nada há de concreto sobre este assunto.
Já o acordo para os seguros com a Allianz é para manter. “O objetivo é reforçar e aprofundar a relação comercial de mais de 20 anos entre o BPI e a Allianz Portugal na distribuição de seguros Não Vida”, disse Pablo Forero, acrescentando que “o BPI continuará a ser acionista da Allianz em Portugal”.
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