Galp prepara-se em Silicon Valley para mudanças no setor da energia
Petrolífera, que participa no Singularity University Global Summit, diz que o desafio é "continuar a fornecer a energia" precisa, mas de forma inovadora e mais eficiente.
A Galp Energia termina hoje uma missão em Silicon Valley, Califórnia, com o objetivo de preparar a empresa para as mudanças que se antecipam no setor da energia, no âmbito do Singularity University Global Summit.
A participação na cimeira fez parte do “esforço transformacional que a empresa está a fazer”, disse à Lusa o diretor de recursos humanos da Galp, Paulo Pisano, num momento em que é necessário “preparar as pessoas e a cultura” para enfrentar as mudanças tecnológicas e o contexto de “incerteza e disrupção”.
A Galp fez parte da comitiva portuguesa que se deslocou à Califórnia a dois meses da primeira cimeira SingularityU Portugal, que levará as ideias de crescimento exponencial e singularidade promovidas pelo ‘think thank’ norte-americano até Cascais, em outubro.
Além do Global Summit, a Galp visitou vários projetos de inovação, incluindo os laboratórios digitais Pilot44, o programa de engenharia 42 Silicon Valley e os aceleradores 500 Startups e Alchemist.
No fim da missão, a empresa percebeu que “a mudança é exponencial” e que “o futuro está a acontecer agora”, disse Paulo Pisano, sublinhando que dois dos principais vetores a seguir serão “agilidade na ação” e “criação de ecossistemas de conhecimento e desenvolvimento”.
É isso que defendem os parceiros fundadores do SingularityU Portugal, Beta-i, Câmara Municipal de Cascais e Nova School of Business and Economics (Nova SBE), além de Galp, Semapa e Ageas do lado corporativo.
“Sentimos que vamos ter um evento muito alinhado com o que todos estamos a vivenciar em São Francisco”, afirmou o diretor de recursos humanos da petrolífera portuguesa.
O foco do evento em Portugal estará nos temas de crescimento exponencial, disrupção tecnológica e transformação, “trabalhados com o envolvimento direto do corpo docente da Singularity University”, adiantou Paulo Pisano.
“Vamos assegurar que os temas estarão alinhados com a realidade nacional, dando visibilidade aos grandes desafios e oportunidades que vislumbramos em Portugal”, acrescentou.
Inteligência artificial, ‘blockchain’, moedas digitais e outras novas tecnologias estiveram em destaque no Global Summit em São Francisco, abrangendo vários setores.
O executivo da Galp sublinhou que a energia é um dos setores “que está a viver um ciclo de transformação tremendo” e para o qual “se espera maior disrupção” no futuro próximo.
Tal deve-se, segundo o responsável, à “necessidade de transitar para uma economia de baixo carbono” devido ao aumento do consumo de energia global.
O desafio é, adiantou, “continuar a fornecer a energia” precisa, mas de forma inovadora e mais eficiente “através de sistemas descentralizados de distribuição de energia”.
A Singularity University foi criada pelos futuristas Ray Kurzweil e Peter Diamandis em Silicon Valley. Portugal estreia a 08 e 09 de outubro o primeiro evento do género em Cascais.
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