Elon Musk já não quer tirar a Tesla da bolsa. Ações derrapam mais de 5%
O presidente executivo da Tesla recuou esta sexta-feira na intenção de retirar as ações da empresa dos mercados de capitais. O avanço e recuo do gestor está a passar fatura aos títulos da fabricante.
As ações da Tesla cotadas na Alemanha estão sob pressão significativa esta segunda-feira, depois dos avanços e recuos do presidente executivo, Elon Musk, na intenção de retirar da bolsa a fabricante de automóveis elétricos. Os títulos da empresa estão a cair 5,27%, para 262,85 euros, de acordo com a Reuters.
Elon Musk, fundador da Tesla e um dos principais acionistas, publicou uma nota na última sexta-feira, na qual informa ter cancelado o plano para retirar dos mercados de capitais os títulos da companhia. “Estive reunido ontem [quinta-feira] com o Conselho de Administração da Tesla e dei-lhes a conhecer que acredito que o melhor caminho para a Tesla é que continue a ser uma empresa de capital público”, escreveu o gestor nessa nota.
O comunicado surgiu algumas semanas depois de Elon Musk ter revelado no Twitter a intenção de retirar a Tesla da bolsa. É pública a aversão do líder da Tesla aos investidores que apostam contra a empresa (short sellers), pelo que, na visão do gestor, a cotação dos títulos da bolsa desviam o foco da companhia daquilo que é a sua verdadeira missão: desenvolver e fabricar automóveis elétricos e acabar com os motores de combustão, um propósito assumido pela Tesla desde a primeira hora.
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Na altura, Elon Musk disse que o financiamento para a operação de retirada da bolsa estava “garantido”. Uma informação que veio a provar ser imprecisa e que já mereceu ao fundador da Tesla um processo de averiguações por parte da SEC, a homóloga norte-americana da CMVM, que regula os mercados.
Antes da Tesla, Elon Musk, um dos homens responsáveis pela criação do PayPal, fundou a SpaceX, a primeira empresa privada de exploração espacial, que desenvolveu foguetões reutilizáveis e oferece lançamentos a preços muito abaixo do mercado. A Tesla é outro dos projetos do gestor. Nas últimas semanas, Elon Musk tem estado sucessivamente sob a luz dos holofotes, com algumas figuras públicas a questionarem o estado mental do gestor, conhecido pelo ritmo de trabalho avassalador e pelas noitadas laborais na principal fábrica da Tesla.
É o caso de Arianna Huffington, da administração da Uber e que faz parte do círculo de pessoas mais chegadas ao gestor. Huffington escreveu uma carta aberta ao fundador da Tesla, pedindo-lhe que trabalhe menos horas e que se foque também na sua saúde. Em resposta, através do Twitter, Elon Musk, respondeu: “Tu acreditas que isso é uma opção. Mas não é.”
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