Airbnb quer transformar anfitriões em acionistas da empresa
A plataforma já enviou uma carta à SEC a solicitar a revisão da legislação. A Uber e a Lyft também já estudaram esta hipótese.
O Airbnb quer oferecer aos seus anfitriões a hipótese de se tornarem acionistas da plataforma, tendo já solicitado à SEC uma revisão da legislação para permitir que isso aconteça, avança o site americano Axios (conteúdo em inglês). Não será um processo fácil, uma vez que a lei federal dos Estados Unidos determina que as empresas privadas podem conceder ações apenas a funcionários e a investidores, mas não a contratados.
“Como um mercado de economia partilhada, o Airbnb é bem-sucedido quando os hosts são bem-sucedidos. O Airbnb é uma empresa de base comunitária e não seria nada sem os nossos anfitriões. Gostaríamos que os nossos anfitriões mais leais fossem acionistas, mas precisamos que essas políticas sejam alteradas para que isso aconteça“, lê-se na carta enviada à SEC — Securities and Exchange Commission (equivalente à CMVM).
Atualmente, a lei dos Estados Unidos permite que as empresas privadas concedam ações apenas a funcionários e a investidores. No entanto, o Airbnb quer abrir uma exceção aos seus hosts, uma vez que a maioria se encontra fora de território norte-americano.
“Acreditamos que as empresas do século XXI são mais bem-sucedidas quando os interesses de todas as partes estão alinhados. Para empresas que partilham economia, como o Airbnb, isso inclui os nossos funcionários e investidores, mas também os anfitriões que usam o nosso mercado“, disse o CEO, Brian Chesky, em comunicado ao Axios.
Contudo, mesmo que a lei venha a ser alterada, a SEC teria de avaliar as implicações fiscais destas transferências de ações. Para além disso, teria também de ser revista a lei que atualmente limita o número total de acionistas até que a empresa esteja sujeita a relatório públicos periódicos.
O Airbnb não é a primeira empresa a analisar a partilha de ações. A Uber e a Lyft também já discutiram com a SEC essa hipótese no ano passado, assim como a startup de boleias Juno, que queria oferecer ações aos seus motoristas, mas que acabou por desistir ao perceber que o processo seria bastante difícil.
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