Web Summit fica em Lisboa pelo menos mais cinco anos
Maior evento de tecnologia e empreendedorismo do mundo fica em Lisboa. Governo e organização assinam acordo esta quarta-feira para mais cinco anos, com outros cinco de opção.
Pelo menos mais cinco anos. O Web Summit chegou de armas e bagagens a Portugal para instalar-se em Lisboa em 2016 e, este ano, Paddy Cosgrave e a equipa preparam-se para anunciar, juntamente com o Governo, um acordo que pode ser estendido por outros cinco anos, até 2028, diz a Antena 1. O ECO já confirmou a informação que adiantou em julho: na altura, o ECO escreveu que, em cima da mesa das negociações estariam cinco anos mais outros cinco opcionais.
O acordo entre o Web Summit e o Governo de Portugal deverá ser assinado esta quarta-feira, quando falta pouco mais de um mês para o arranque daquele que seria o último ano contratualizado entre o Executivo e a organização.
O Web Summit foi criado em Dublin, em 2009, e mudou-se para Lisboa, a primeira localização fora da sua cidade-Natal, em 2016. O acordo anunciado pelo Governo um ano antes garantia a realização do evento em Lisboa durante três anos obrigatórios com mais dois opcionais. No entanto, desde o ano passado que muito se tem especulado sobre a continuação ou não da conferência na capital portuguesa, sobretudo pela vontade que a organização do Web Summit tem manifestado no sentido de continuar a crescer anualmente em termos de dimensão e de assistentes.
No final de julho, o ECO avançou que o Governo estava a negociar a continuidade do Web Summit em Lisboa por um período de cinco mais cinco anos. O Ministério de Caldeira Cabral lidera as negociações, acompanhado do ministro Pedro Siza Vieira, ministro-adjunto, e de Fernando Medina, em representação da câmara Municipal de Lisboa, além do envolvimento direto do primeiro-ministro, António Costa.
Esta terça-feira, o Web Summit aumentava o suspense ao publicar, no perfil do Twitter do evento, quatro fotografias de cidades — Lisboa, Valência, Berlim e Madrid — que poderiam acolher a conferência de quatro dias. A única proposta conhecida foi a de Valência: em cima da mesa, um investimento do Governo de espanhol de 50 milhões de euros para acolher o evento durante dez anos. A soma de investimento, com infraestruturas e outros apoios, rondaria os 170 milhões de euros.
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A primeira vez que o Web Summit olhou para Lisboa foi por causa da Codacy. A startup liderada por Jaime Jorge saiu vencedora do Beta Award, o concurso de startups que a organização promove durante os dias de evento na edição de 2014, entre outros 199 projetos. De acordo com o Ministério da Economia, o Governo tem investido 1,3 milhões de euros por ano no evento. Já em termos de retorno, o evento trouxe mais de 300 milhões de euros por ano, só em serviços relacionados com alojamento e transportes prestados aos participantes.
O acordo para a continuidade do evento em Portugal deverá ser assinado esta quarta-feira, no Altice Arena, em Lisboa, e revelados mais dados sobre o acordo entre o Governo e o Web Summit. Na edição deste ano são esperados cerca de 70.000 assistentes vindos de 170 países de todo o mundo.
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