Jerónimo Martins derrapa 6% e arrasta bolsa
A retalhista reportou lucros de 292 milhões de euros no conjunto dos primeiros nove meses do ano, mas o resultado desiludiu os investidores.
A bolsa de Lisboa regressou às quedas no arranque da sessão desta quarta-feira, penalizada pelo desempenho da Jerónimo Martins e dos CTT, numa altura em que os investidores reagem aos resultados trimestrais que foram apresentados na terça-feira. A praça portuguesa contraria, assim, o otimismo que se faz sentir no resto da Europa, onde as principais praças mantêm a tendência de recuperação e registam ganhos superiores a 1%.
O PSI-20 abriu a cair 0,11%, para os 5.001,50 pontos, com cinco cotadas em queda, uma inalterada e as restantes em alta.
A explicar este movimento está, sobretudo, o desempenho da Jerónimo Martins, que está a derrapar 6,3%, para os 10,79 euros por ação. A retalhista reportou lucros de 292 milhões de euros no conjunto dos primeiros nove meses do ano, mas o resultado desiludiu os investidores. Mas ao longo da manhã, o rumo das ações da retalhista tem sido muito instável. As perdas já estiveram contidas nos 3%, mas entretanto agravaram até aos 7%, onde se mantinham pelas 11h30.
Também os CTT estão a penalizar a bolsa, ao recuarem 2,04%, para os 3,26 euros por ação. Na terça-feira, a empresa de correios reportou uma quebra de 49,3% nos lucros dos primeiros meses do ano, que totalizaram 9,9 milhões de euros, um resultado que a empresa explica com o plano de reestruturação.
A impedir maiores quedas está o BCP, que sobe 2,1%, para os 23,3 cêntimos por ação. O banco liderado por Miguel Maya vai apresentar resultados na próxima segunda-feira e os analistas apontam para que tenha mais do que duplicado os lucros do terceiro trimestre, uma perspetiva que está a animar os investidores.
Também a Galp merece nota positiva. A petrolífera está a valorizar 0,9%, para os 15,11 euros por ação, a acompanhar a tendência dos preços do petróleo. O barril de Brent, negociado em Londres, está a avançar mais de 1% e aproxima-se da casa dos 77 dólares.
No resto da Europa, o sentimento é positivo, com as principais praças a beneficiarem dos bons resultados apresentados pelas grandes empresas. O Stoxx 600 avança 1,16%, um movimento que é acompanhado pela maioria das bolsas, com destaque para a praça francesa, que já valoriza 1,7%.
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