Juízes equacionam voltar atrás na greve
A Associação Sindical dos Juízes admite estar em "contactos informais" com o ministério da Justiça. A greve pode agora ser cancelada, caso governo mostre abertura na revisão do estatuto dos juízes.
A greve dos juízes pode, afinal, ficar em suspenso, avança esta manhã o jornal Público. A menos de uma semana de arrancar, a Associação Sindical dos Juízes Portugueses afirma que está “em contactos informais e exploratórios” com o Ministério da Justiça, relativamente a questões como os salários e as carreiras de classe, não revelando mais detalhes.
“Não estamos em conversações, estamos a conversar”, admitiu ao mesmo jornal o presidente do sindicato, Manuel Ramos Soares.
Em causa os 21 dias de greve que os juízes marcaram ao longo de um ano, com início no dia 20 deste mês e distribuídos até 21 de outubro de 2019, em protesto pela falta de acordo na revisão do Estatuto dos Magistrados Judiciais.
Da parte do Governo sempre houve indicação de não existirem condições para aumentar os ordenados dos magistrados. Contudo, antes de a greve ter sido aprovada em assembleia geral do sindicato, foi enviada uma proposta negocial aos juízes, que a consideraram insuficiente, embora não excluam a hipótese de negociações.
“Estamos determinados a cumprir o nosso plano de greves até ao fim, mas também preparados para o cancelar”, afirmou Manuel Ramos Soares. Tudo dependerá da abertura do lado do Governo até à próxima segunda-feira, véspera do arranque da greve.
A Advocatus contactou o Ministério da Justiça, no sentido de obter uma reação, mas até ao momento não houve resposta.
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