Quase 400 mil portugueses têm contratos com fornecedores de TV ilegais
O número de adeptos dos serviços ilegais de acesso a televisão não pára de aumentar. Procuram poupar dinheiro, passando a pagar entre 50 e 80 euros por ano.
Os esquemas de TV pirata não são uma novidade, mas têm cada vez mais adeptos em Portugal. Serão cerca de 400 mil, os portugueses que têm acesso a todo o tipo de canais de televisão, seja através de streaming ou cardsharing, de forma ilegal, avança o Jornal i (acesso pago). Procuram gastar menos dinheiro do que o cobrado pelos operadores oficiais. Em média, pagam entre 50 e 80 euros por ano.
O número foi avançado ao diário por fonte do setor de telecomunicações. Apesar de adiantar ser um número difícil de determinar, essa fonte explica que é possível “apontar para cerca de 10% do mercado legal [cerca de 390 mil pessoas, porque há 3,9 milhões de utilizadores a pagar para ver televisão]”. “São muitos milhões de euros roubados”, acrescenta.
Os consumidores que recorrem a esses serviços procuram tirar partido do baixo preço quando comparado com os valores cobrados pelos fornecedores legais, sendo que ficam com acesso a plataformas que disponibilizam múltiplos conteúdos que podem ser vistos na televisão, no PC ou até no telemóvel. Em média, passam a pagar entre 50 e 80 euros por ano.
São serviços que “têm tudo e um par de botas. Mas são ilegais”, disse ao i Paulo Santos, presidente do Movimento Cívico Antipirataria na Internet (MAPiNET) e da Associação Portuguesa de Defesa de Obra Audiovisuais (FEVIP), explicando que “basta uma caixa desbloqueadora [fornecida pelos prestadores do serviço] e, mediante uma fidelização, é feito o desbloqueio de tudo”.
Só no ano passado, é dado ainda conta que foram desbloqueados milhões de sites que davam acesso a filmes, séries e jogos de futebol.
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