Peso da habitação nos rendimentos em Portugal é o quinto mais baixo na UE
O peso dos gastos com a habitação, água, eletricidade, gás e outras energias nos rendimentos das famílias portuguesas ficam abaixo da média da UE, que foi de 24,2% em 2017.
Em Portugal, os preços das casas têm vindo a acelerar, tocando máximos sucessivos. Com a escalada, torna-se mais difícil o acesso das famílias ao alojamento, principalmente nas grandes cidades. Mesmo assim, quando comparadas com o resto da Europa, as famílias portuguesas estão entre as que menos sentem o peso da habitação nos rendimentos.
Os gastos com a habitação, água, eletricidade, gás e outras energias não chegam a representar 20% das despesas dos agregados familiares em Portugal, de acordo com os dados do Eurostat. As famílias alocaram cerca de 18,3% dos rendimentos para estas despesas em 2017, posicionando-as como as quintas que menos gastam na União Europeia (UE).
Portugal fica também abaixo da média da UE, que é de 24,2%. Entre os países onde a renda e contas da casa pesam mais no ordenado encontra-se a Finlândia e a Dinamarca. Quase 30% do rendimento das famílias nórdicas vai para o lar. A França e o Reino Unido estão também acima da média da UE, gastando 26,7% e 26,2%, respetivamente. Aqui ao lado, as famílias espanholas gastam mais de um quinto do seu orçamento em despesas de habitação (21,7%).
Apenas as famílias estónias, cipriotas, lituanas e maltesas gastaram menos nas contas da casa do que as portuguesas. Em Malta, apenas 10% das despesas foram com a habitação.
Entre 2007 e 2017, o peso dos gastos com habitação aumentou em quase todos os Estados-membros. Foi na Finlândia que a fatia destinada às contas da casa cresceu mais, passando de 24% para 28.8%. Já em Portugal, a subida foi de 3,8 pontos percentuais, a segunda maior na UE nestes dez anos. De facto, de 2016 para este ano, os preços das casas aumentaram mais de 40% na capital e mais de 30% no Porto.
Também os preços da eletricidade, incluídos nestas despesas, têm pesado para os portugueses. Portugal ficou em terceiro lugar no ranking dos preços da eletricidade e do gás mais caros em toda a Europa, em 2017, no que diz respeito aos preços pagos pelas famílias.
As famílias dos Estados-membros gastaram o equivalente a 13,1% do PIB da UE em despesas com a casa, no ano passado. O dinheiro que sobrou teve como destino despesas de transporte (13%), alimentação e bebidas, restaurantes e hotéis. Atividades recreativas e culturais representaram a menor fatia.
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