IGCP avança com leilão para troca de dívida. Quer estender reembolsos até 2027
A agência liderada por Cristina Casalinho anunciou uma oferta de troca de dívida com maturidades em 2020 e 2021, por contrapartida de dívida que vence em 2023 e 2027.
Portugal está de volta aos mercados. Desta vez não para fazer uma emissão de dívida, mas sim com um leilão de troca de dívida com maturidades em 2020 e 2021, por contrapartida de dívida que vence em 2023 e 2027. A operação, que visa estender o prazo de reembolso desses empréstimos, acontece a esta quarta-feira.
“O IGCP vai realizar no próximo dia 5 de dezembro pelas 10h00 uma oferta de troca recomprando as seguintes obrigações do Tesouro com maturidade em 2020 e 2021”, começa por dizer a entidade em comunicado, acrescentando que esta operação é dada “por contrapartida das obrigações do Tesouro com maturidades em 2023 e 2027”.
Esta operação acontece após o fim dos leilões de dívida previstos pelo IGCP para este ano. O último realizou-se a 21 de novembro, ocasião em que o Tesouro conseguiu captar mil milhões de euros em bilhetes do Tesouro, obtendo juros ainda mais negativos. Antes disso, a 14 de novembro, emitiu 1.250 milhões de euros em obrigações do Tesouro.
Ao propor esta troca de dívida, a agência liderada por Cristina Casalinho tenta aliviar os reembolsos previstos para os anos de 2020 e 2021, atirando para mais tarde (2023 e 2027) a responsabilidade de assumir essa devolução.
O IGCP está a tentar aliviar os reembolsos previstos para esses anos, isto depois de recentemente ter aliviado o valor total a reembolsar já em 2019. Portugal recomprou 400 milhões de dívida que vence no próximo ano. Em junho de 2019, vence uma linha de obrigações no valor de oito mil milhões.
Já a 29 de novembro, o primeiro-ministro, António Costa, deu conta, no encerramento do debate do Orçamento do Estado para 2019, que Portugal vai pagar a totalidade da dívida remanescente ao Fundo Monetário Internacional (FMI) até ao final deste ano.
(Notícia atualizada às 13:28 com mais informação)
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