Montenegro reage à vitória de Rio. Diz que “acordou um gigante adormecido que é o PSD”
Repetiu várias vezes estar de "consciência tranquila" e defendeu que o PSD está em melhores condições para vencer "as terceiras eleições". Montenegro já reagiu à vitória de Rio no Conselho Nacional.
Luís Montenegro diz que a sua iniciativa, de desafiar Rui Rio para diretas, “acordou um gigante adormecido que é o PSD”. Depois de o Conselho Nacional do partido ter validado a estratégia de Rui Rio, esta madrugada, o ex-líder da bancada parlamentar defende que “tornou o PSD mais forte e mais apto”. Traçou uma meta para Rio: levar o PSD à “terceira vitória” nas legislativas.
A partir de Espinho, Luís Montenegro reagiu à aprovação da moção de confiança que Rui Rio levou ao Conselho Nacional do partido depois de ter sido desafiado por Luís Montenegro a marcar diretas para a escolha de uma novo líder, numa altura em que Rio ainda não tem um ano de liderança e quando as sondagens são ao PSD um mau resultado.
Montenegro repetiu, por várias vezes, estar de “consciência tranquila” por ter tomado esta iniciativa. Considerou que preferia as diretas – “essa seria a verdadeira clarificação” -, mas garantiu não menosprezar a deliberação do Conselho Nacional do PSD.
O ex-líder parlamentar do PSD considerou que “apesar das vicissitudes e de não ter sido convidado para participar no Conselho Nacional” sabe que foi uma “reunião muito viva. À PSD”. Disse não desconhecer que lhe foram feitos “ataques pessoais”, que considerou “injustos”, e defendeu que quem ganhou com o que aconteceu foi o PSD.
Ao não atribuir uma vitória a Rui Rio (mas sim ao PSD), Luís Montenegro também não se colocou no lugar de perdedor, tentando assim guardar um capital que lhe pode ser útil mais tarde.
Garantiu que a partir de agora não vai insistir, nas suas intervenções públicas, na crítica à liderança do partido (apesar de as divergências não terem desaparecido), para se concentrar num combate cerrado ao PS e a António Costa. Sobre o que fará no pós-legislativas, caso o PSD tenha um mau resultado, Luís Montenegro deixou o futuro em aberto. “Falamos no dia das eleições”, disse aos jornalistas. As legislativas estão marcadas para 6 de outubro.
Prometendo concentrar-se no combate ao PS, o ex-líder parlamentar laranja defendeu que “o rei vai nu” e que as políticas do Governo “não estão a fazer Portugal crescer como devia”. Há “21 países a crescer mais do que nós”, “as desigualdades sociais estão a agravar-se e os serviços públicos estão à míngua”. O PSD terá de se “apresentar ao país mobilizado e mobilizador” que fale para os jovens e para a “classe média fustigada pelos impostos”.
(Notícia atualizada)
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