Governo quer “adiar o máximo possível” recuperação do tempo de serviço, diz Mário Nogueira
Para o líder da Fenprof, Mário Nogueira, "o Governo já não quer mexer na questão da recuperação nesta legislatura". O atraso na marcação de negociações preocupa os professores.
O líder da Federação Nacional de Professores (Fenprof), Mário Nogueira, acusa os governantes de “tentar adiar o máximo possível” a recuperação do tempo de serviço, desde o início. Apesar de o veto de Marcelo ter animado os professores, as negociações ainda por marcar fazem aumentar os receios de não ver a questão resolvida nesta legislatura.
Já faltam poucas páginas no calendário dos professores. “Para que exista alguma decisão sobre esta questão ainda nesta legislatura, como o Governo se comprometeu a fazer, tem de ser até ao final de março, meados de abril, porque depois entramos em modo de eleições”, adianta o secretário-geral da Fenprof, em entrevista ao Público (acesso condicionado).
Para Mário Nogueira, “o Governo já não quer mexer na questão da recuperação nesta legislatura”. “António Costa meteu na cabeça que a guerra contra os professores lhe vai dar mais votos”, continua. O sindicalista aponta ainda, como alerta, que na época de Sócrates e da ex-ministra Maria de Lurdes Rodrigues, o descontentamento dos professores terá sido um dos fatores que fez o PS perder a maioria absoluta.
Questionado no Parlamento na semana passada, o ministro da Educação continuou sem adiantar uma data para o início das negociações, dizendo apenas que serão feitas “atempadamente”, uma resposta que não satisfez os professores. Perante esta situação, várias organizações sindicais marcaram uma manifestação para esta quinta-feira, em Lisboa.
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