Concurso internacional para medir audiências televisivas em Portugal avança até março
RTP, SIC e TVI ainda admitem que, em 2020, outra entidade que não a CAEM contratualize serviço de medição de audiências televisivas. Prometem lançar concurso para escolher sucessora da GfK até março.
RTP, SIC e TVI prometem lançar, até março, um concurso internacional para escolher “a futura entidade de medição de audiências” televisivas em Portugal. A informação foi confirmada ao ECO numa resposta conjunta das três estações televisivas nacionais.
Este serviço é prestado atualmente pela GfK, ao abrigo de um contrato que já expirou mas que foi prorrogado no final do ano passado por mais um ano, depois de um braço de ferro entre TVs e anunciantes em torno do modelo de governação da CAEM (isto é, a plataforma que junta meios, agências e empresas anunciantes em Portugal).
“No decorrer do primeiro trimestre de 2019, será aberto um concurso internacional para escolher a futura entidade de medição de audiências”, disseram as três estações, numa resposta conjunta enviada ao ECO. Esta reação surge um dia depois de António Casanova, líder da Unilever e presidente da Associação Portuguesa de Anunciantes (APAN), ter avançado ao ECO que o contrato “unilateral” com a GfK, que as televisões ameaçaram realizar em choque com a APAN, acabou por cair por terra.
“Tendo em conta os timings em causa e em prol da estabilidade do mercado, o contrato referente à medição de audiências televisivas, entre a CAEM e a GfK, foi prorrogado por um ano”, vieram agora confirmar as televisões, sem explicarem se chegou a ser criada a nova associação para “modernizar” a medição de audiências em Portugal, e que poderia esvaziar de utilidade a CAEM, criada há vários anos para reunir os diversos players do mercado.
No decorrer do primeiro trimestre de 2019, será aberto um concurso internacional para escolher a futura entidade de medição de audiências.
Em simultâneo, os operadores de TV em sinal aberto não dão sinal de abandonar as exigências que quase levaram à rutura com os anunciantes no final do ano passado: “Os três FTA [canais em sinal aberto, free-to-air] continuarão a debater com os restantes stakeholders o modelo de governance da futura entidade de medição de audiências de televisão”, disseram ao ECO, deixando assim em aberto que esse papel possa vir a ser prestado por uma nova entidade que não é a CAEM.
Esta quarta-feira, num encontro com jornalistas na APAN, o ECO questionou António Casanova sobre o ponto de situação do diferendo com as televisões. Prevendo tréguas pelo menos até ao fim de 2019, o gestor revelou que o contrato entre a CAEM e a GfK acabou por ser prolongado: “Houve uma prorrogação de um ano. Portanto, a ideia que existia inicialmente de que o contrato da GfK iria ser feito diretamente com as televisões a partir de janeiro não vingou”, disse.
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