Rui Rio diz estar “tudo em aberto” sobre regionalização ou descentralização
O líder do PSD afirmou que é preciso aguardar pela proposta da comissão, que será conhecida apenas em julho.
O presidente do Partido Social Democrata, Rui Rio, disse que está “tudo em aberto” sobre a regionalização ou a descentralização do país e que só em julho será conhecida a proposta da comissão criada no Parlamento para estudar a matéria. “Não é líquido que seja regionalização ou que não seja. Está tudo em aberto. Também não foi dito para que não seja”, disse o líder social-democrata em Arcos de Valdevez, no distrito de Viana do Castelo.
Rui Rio, que falava na tomada de posse da concelhia local do Partido Social Democrata (PSD), disse que é preciso aguardar pelo trabalho dessa comissão. “Está em funcionamento uma comissão no seio da Assembleia da República, ao abrigo do acordo que assinámos. Estão representados todos os partidos, à exceção do PCP [Partido Comunista Português], e essa comissão irá produzir, até julho, um anteprojeto de lei [e] aí surgirá uma proposta de como descentralizar o país”, sustentou.
Segundo Rio, a missão dessa comissão “não é necessariamente a regionalização, mas uma descentralização”. “Indicar a melhor maneira de nós descentralizarmos e, em parte, desconcentrarmos um país que, como sabemos, está extremamente centralizado em torno da sua capital”, disse
“Aquilo que queremos é descentralizar uma parte para as autarquias locais, que já está a andar — não da melhor maneira, reconheça-se, mas que está andar — e que esperamos que, até as próximas autárquicas, o Governo consiga fazer direito. Se calhar já nem vai ser este Governo, será outro de cor diferente”, acrescentou o líder do PSD.
“Relativamente à descentralização para o setor subnacional está justamente a comissão a estudar a forma como se pode fazer.”, adiantou.
Em Arcos de Valdevez, Rui Rio presidiu à cerimónia de tomada de posse da comissão política de secção e assembleia de secção locais. A presença na sessão, onde estiveram cerca de 600 militantes e simpatizantes, foi a primeira enquanto líder do PSD àquele concelho do Alto Minho, onde obteve 452 dos 602 votos nas eleições diretas para a liderança do partido.
Nas eleições concelhias de 19 de janeiro, a que concorreu apenas a lista liderada pelo atual presidente da estrutura, Hélder Barros, participaram 51% dos militantes de um universo de 343 com quotas em dia. Hélder Barros foi reconduzido para o segundo mandato na concelhia local, uma das maiores do distrito que tem com cerca de 1.100 militantes.
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