Políticos e ativistas procuram “match” com jovens no Tinder
O objetivo da classe política e dos grupos ativistas é, através de conversas iniciadas por robôs, alcançar o público mais jovem e fazer passar a mensagem que pretendem.
O Tinder está a chamar a atenção da classe política, e não é pelos relacionamentos amorosos. Já há alguns políticos e ativistas que estão a utilizar esta aplicação com o objetivo de alcançar o público mais jovem. Tudo isto de uma forma que parece muito natural, avança o Financial Times (acesso condicionado, conteúdo em inglês).
De Jeremy Corbyn, no Reino Unido, aos profissionais de saúde, no Brasil, políticos e ativistas estão a implementar bots no Tinder e noutras aplicações do mesmo género. O objetivo é que o robô seja capaz de iniciar uma conversa com os utilizadores do Tinder, de modo a que estes pensem que estão mesmo a falar com uma pessoa real.
O que acontece é que os robôs assumem contas de outros indivíduos e mostram logo o seu interesse em milhares de pessoas inscritas na plataforma. Depois, caso se dê um match, o robô faz as honras. Começa a conversar com a outra pessoa, com base num sistema que aguarda respostas antes de enviar mais informações, tal como aconteceria numa conversa real.
O exemplo mais recente é o da Lesbians and Gays Support the Migrants (LGSMigrants). O grupo ativista aproveitou o Dia dos Namorados para introduzir um bot no Tinder, que tinha com finalidade alertar o público mais jovem para o envolvimento da British Airways na deportação de migrantes do Reino Unido. O robô tinha a tarefa de enviar informações sobre os direitos dos migrantes aos “amigos”, bem como ensiná-los a detetar uma deportação no seu voo e a saber como impedi-la.
“O Tinder é uma aplicação que une as pessoas. Queremos usá-lo para reforçar que as deportações destroem as comunidades”, disse Sam Björn, porta-voz da LGSMigrants, na altura.
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