Câmara de Lisboa quer tornar rede de elétricos da Carris em metro de superfície para chegar a Oeiras e Sacavém
Câmara Municipal de Lisboa vai transformar rede de elétricos da Carris em metro ligeiro de superfície, ligando-a, de um lado, a Miraflores e Oeiras e, do outro, à Portela e Sacavém.
A Câmara Municipal de Lisboa quer transformar a rede de elétricos atualmente oferecida pela Carris. Na apresentação do concurso público para a aquisição de 15 novos elétricos por um valor global de 50 milhões de euros, incluindo serviços de manutenção, Fernando Medina revelou que pretende que esta rede evolua para se transformar num metro à superfície, chegando também às populações de Oeiras, Miraflores, Linda-a-Velha, Portela e Sacavém.
“A nossa ambição é mais vasta. Queremos a capacidade de ter um sistema de metro de superfície que faça a colina desde Alcântara até Campus da Ajuda, Miraflores, fechando um anel na Cruz Quebrada, e uma outra linha até ao Parque das Nações e Sacavém“, avançou durante a conferência de imprensa.
“É um plano em quatro fases”, detalhou Fernando Medina já à margem do evento, em conversa com os jornalistas. “Em primeiro lugar, aumentar a atual linha de elétricos articulados na carreira 15. Numa segunda fase, alargar esta linha à Cruz Quebrada e Santa Apolónia”, explicou. Já a terceira fase, denominada de LIOS — Linha Intermodal Ocidental Sustentável — passará pela conjugação da rede de elétricos com a do metro de Lisboa.
“Passa por aproveitar a extensão da linha vermelha do Metro, às Amoreiras, Campo de Ourique, Alcântara e Santo Amaro. A partir desta ultima, arrancar com o metro de superfície que fará a encosta de Alcântara, pólo da Ajuda, continuando para Poente, até ao São Francisco Xavier, entrando em Oeiras, passando por Miraflores e Linda-a-Velha, até se juntar à rede na Cruz Quebrada“, referiu.
A quarta fase deste projeto, explicou ainda, partirá de Santa Apolónia, com a rede de elétricos (ou metro de superfície) da Carris a crescer a partir daí até ao Parque das Nações, entrando de seguida no município de Loures, até Sacavém e Portela, ficando esta extensão ligada ao metro “tradicional” na estação do Oriente.
Segundo Fernando Medina, os estudos para a terceira e quarta fase deste crescimento deverão ser lançados ainda este ano, de modo a que os procedimentos concursais para as empreitadas surjam ao longo de 2020. Em termos de financiamento, o presidente da CML explicou que a terceira fase será feita em articulação com o município de Oeiras, ao passo que a quarta fase “é tudo com Lisboa”. Já o reforço do material circulante para acompanhar este projeto será financiado parcialmente por fundos comunitários.
(Atualizado às 12h15 com mais declarações de Fernando Medina)
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