Lucros caem, mas Jerónimo Martins ganha 500 milhões em bolsa
A Jerónimo Martins foi a estrela da última sessão da semana. No dia em que apresentou uma quebra dos lucros, as ações dispararam. Levou o PSI-20 ganha mais de 1%.
Jerónimo Martins disparou em bolsa. Apesar da quebra nos lucros no primeiro trimestre, a confiança da gestão nas metas para a totalidade do ano levou os títulos a tocarem máximos de mais de 12 meses. Em apenas uma sessão, a capitalização bolsista da empresa liderada por Pedro Soares do Santos engordou em mais de 500 milhões de euros.
As ações arrancaram a sessão em alta e rapidamente acentuaram os ganhos. Poucos minutos depois do arranque da negociação já subiam mais de 5%, tendo chegado a apresentar uma valorização de 8,8% até aos 15,10 euros. Fecharam com uma subida de 6,59% para 14,795 euros, avaliando a cotada em 9,29 mil milhões de euros, 575 milhões a mais do que na sessão anterior.
Esta forte subida aconteceu depois de serem conhecidos os resultados referentes aos três primeiros meses deste ano. Neste período, a Jerónimo Martins lucrou 72 milhões de euros, menos 14,5% que no período homólogo, sendo a justificação para esta evolução o impacto dos “dias adicionais de fecho obrigatório ao domingo na Polónia”. A desvalorização da moeda polaca também pesou.
Apesar disso, o guidance para a totalidade do ano manteve-se, inalterado. “Estou confiante na nossa capacidade de superar os desafios à vista e de continuar a crescer acima do mercado ao longo de 2019″, disse Pedro Soares dos Santos. E os investidores acreditam que será possível, reforçando, por isso, a aposta no título.
Este comportamento da Jerónimo Martins acabou por puxar pela bolsa nacional, com o PSI-20 a destacar-se dos restantes índices europeus ao somar 1,28% para 5.420 pontos. A ajudar a esta forte subida da praça portuguesa estiveram os títulos do setor da pasta e papel, mas também o BCP que encerrou com um ganho de 1,06% para 24,84 cêntimos.
Na energia, a EDP ganhou 0,45%, enquanto a EDP Renováveis ficou inalterada. A Galp Energia, por seu lado, acabou por perder valor, recuando 0,23% para 14,985 euros num dia de correção dos preços do petróleo, depois de terem superado a fasquia dos 75 dólares em Londres. Apesar da queda das cotações, na próxima semana os portugueses vão pagar mais pelos combustíveis, com a gasolina a subir 2,5 cêntimos, enquanto o diesel ficará 1,5 cêntimos mais caro. O preço médio do gasóleo vai passar os 1,40 euros.
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