Jerónimo de Sousa acusa OCDE de ameaçar Portugal
O secretário-geral do PCP acusou a OCDE de usar um relatório como uma "ameaça" e uma forma de "pressionar" Portugal para que o grande capital estrangeiro imponha a sua vontade.
O secretário-geral do PCP considerou hoje que o relatório da OCDE, que diz que Portugal não vai cumprir as metas do défice, é “uma ameaça”, visando “pressionar” para que o grande capital estrangeiro imponha a sua vontade.
“É um alerta sistematicamente repetido, visando condicionar, pressionar através dos instrumentos e das instituições do grande capital estrangeiro, em impor a sua vontade aos povos. Não é alerta nenhum, é uma ameaça”, frisou Jerónimo de Sousa, em declarações à Lusa, após uma arruada em Almada, no distrito de Setúbal.
No relatório com as previsões económicas mundiais divulgado hoje, a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE) mostrou-se menos otimista que o Governo quanto ao crescimento económico e ao défice deste ano, tendo revisto em baixa a estimativa para o PIB para 1,8% e agravado a previsão do défice para 0,5%.
Neste sentido, o líder comunista realçou que estas estimativas são habituais “sempre que se aproximam eleições”, mas que o importante era que “esclarecessem como é que se combate o défice quando mais de 800 milhões de euros foram direitinhos para o Novo Banco”.
“Aí não tiveram problema nenhum com o défice. Têm problemas com o défice em relação ao investimento público, em relação às respostas aos problemas nacionais”, defendeu.
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