Vencedores e vencidos. Um guião para ler os resultados das eleições europeias

O PS venceu as eleições europeias. O PSD teve uma derrota histórica e o Bloco é a terceira força política. Sete leituras que se podem fazer das eleições deste domingo.

O PS venceu as eleições europeias de domingo com 33,38% dos votos e o PSD não terá ido além dos 21,94%, revelam os resultados quando a contagem de votos em todas as freguesias está terminada, faltando apenas nove consulados num total de 100. O Bloco de Esquerda chegou ao terceiro lugar do pódio, o PCP e o CDS perderam e o PAN foi a surpresa da noite ao colocar um eurodeputado pela primeira vez no Parlamento Europeu. Mas afinal o que significa isto tudo?

António Costa e Pedro Marques celebram a vitória nas eleições.

PS vence e alarga distância face ao PSD

Costa saiu vencedor das eleições europeias, onde obteve vários avanços positivos. Foi o partido com maior percentagem de votos (33,38%) e maior número de eurodeputados sentados em Estrasburgo. Mais: cresceu face ao resultado de 2014 quando teve 31,46% dos votos, ainda não sendo certo a esta hora se aumenta o número de eurodeputados face aos oito de 2014. Além disso, os socialistas conseguiram garantir uma larga distância de segurança face ao PSD, que ficou em segundo lugar, com 21,94%. Conseguiu ainda contrariar uma das ideias comuns na análise política que é a de que, nas europeias, os eleitores penalizam o partido que está no poder. No entanto, é ainda difícil perceber que impacto este resultado poderá ter nas legislativas de 6 de outubro. Principalmente, porque a taxa de abstenção bateu um novo recorde e ninguém sabe ao certo se os eleitores das europeias são os mesmos das legislativas. Contudo, há um número que pode servir de alerta para obrigar o PS a olhar para as legislativas com atenção. É que mesmo com uma política de devolução de rendimentos durante a legislatura, com a economia a crescer e o desemprego a recuar, o PS parece estar longe dos cerca de 1,5 milhões de votos que conseguiu em 1999 e 2004.

PSD teve o pior resultado de sempre

Quando concorreu sozinho nas eleições europeias, o PSD conseguiu sempre um resultado superior a 30%. Nas eleições deste domingo, ficou-se pelos 21,94%, segundo os resultados quase finais. O PSD não só teve um mau resultado, em percentagem, como pode não ter conseguido aumentar o número de eurodeputados — em 2014 elegeu seis. Além disso, uma análise aos dados sobre o número de votos mostra que o PSD perdeu muito apoio desde a última vez que foi sozinho a eleições. Face a 2009, quando PSD e CDS foram separados, os sociais-democratas perderam à volta de 400 mil votos. Rio mantém-se como líder para concorrer às legislativas de outubro, mas esta derrota não deverá facilitar o caminho até lá. Os eleitores penalizaram a estratégia política de Rio, que desde o início teve dificuldades em manter o partido unido à sua volta.

O presidente do PSD, Rui Rio, comenta os piores resultados de sempre do partido, na conferência de imprensa sobre os resultados das eleições para o Parlamento Europeu.José Coelho/EPA 26 Maio, 2019

Bloco ganha balanço, PAN surpreende e CDS perde

O Bloco de Esquerda chega ao terceiro lugar, ao conseguir 9,82% dos votos, um aumento face aos 4,56% de 2014. Com esta vitória, e ao contrário do que aconteceu à CDU, o Bloco parece ter saído a ganhar mais do que o PCP com a geringonça — um facto aliás já notado nas eleições autárquicas de 2017. Quanto ao PAN, a surpresa foi total — e apanhou desprevenidos até os próprios responsáveis do partido. O PAN chegou à Assembleia da República em 2015 e quatro anos depois entra no Parlamento Europeu, ao capitalizar para si causas muito atuais, ligadas à ecologia, aos animais e às questões das alterações climáticas. Já o CDS saiu a perder, o que parece indicar que os bons resultados de Assunção Cristas nas autárquicas não tiveram reflexo nas eleições para o Parlamento Europeu.

Esquerda sai reforçada. Direita perde

A noite de domingo foi cheia de recados sobre a divisão esquerda direita no plano político nacional. Tanto PSD como CDS saíram derrotados. Por outro lado, PS e BE reforçaram a sua posição face aos resultados de há cinco anos. Já o PCP foi penalizado, com o resultado a ficar em cerca de metade do que foi conseguido em 2014. Esta conjugação de resultados levou os líderes dos partidos à esquerda a sublinhar a importância do reforço deste bloco em detrimento do bloco da direita, formado por PSD e CDS. Até do Aliança, o partido criado pelo ex-militante do PSD, Pedro Santana Lopes, chegou um aviso: “Talvez agora alguns percebam a importância de uma proposta que fiz de uma convergência de centro direita”, disse Santana. Cristas admitiu que houve uma “polarização” no seu espaço político.

PS na mesma em Lisboa, BE ganha muitos votos

A distribuição dos votos pelo território nacional é um dos indicadores mais finos para que os partidos olham para medir com mais certezas o seu resultado. Um dado curioso é que apesar de ter vencido as eleições, no concelho de Lisboa teve um resultado muito próximo ao de 2014. Um salto muito significativo foi dado pelo Bloco de Esquerda que duplicou a percentagem de votos face a 2014. Os votos nos grandes centros urbanos são decisivos em legislativas — só no distrito de Lisboa estão mais de 2 milhões de eleitores.

Europeias já não servem para penalizar governos

Em oito eleições europeias, quatro foram ganhas pelo partido que está no poder. A última foi este domingo. As restantes três foram em 1999, com Guterres, e em 1987 e 1989 com Cavaco Silva. Apesar de há haver um empate nos cartões vermelhos e verdes dados pelos eleitores aos governos em europeias, o que aconteceu este domingo já não se verificava há 20 anos.

Os mais pequenos: PAN vinga, Aliança, Livre e Iniciativa Liberal ficam pelo caminho

Entre os partidos mais pequenos, só um — o PAN — conseguiu um lugar nas cadeiras do Parlamento Europeu. Os restantes não conseguiram esse feito. No entanto, os projetos podem não ter ficado por aqui. O Aliança, por exemplo, dizia no domingo que ia ver os dados melhor, principalmente, em Lisboa.

André Silva do PAN (no centro à esquerda) e o cabeça de lista eleito para o Parlamento Europeu, Francisco Guerreiro, cumprimentam os apoiantes depois de uma conferência de imprensa sobre os resultados eleitorais, em Lisboa.António Cotrim/EPA 26 Maio, 2019

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

5 coisas que vão marcar o dia

O dia vai ser marcado pelos resultados das eleições europeias, mas também pelos dados da execução orçamental em Portugal. E os combustíveis ficam mais baratos.

A semana arranca com a União Europeia e os investidores a reagirem aos resultados das eleições para o Parlamento Europeu. Em Portugal, o Governo divulga a síntese de execução orçamental relativa aos quatro primeiros meses do ano e arranca a sexta edição das Conferências do Estoril, onde será presença notada Pierre Moscovici, Comissário Europeu para Assuntos Económicos e Financeiros. Esta segunda-feira traz combustíveis mais baratos.

Eleições terminadas. Como reagirá a UE aos resultados?

Horas depois de terem sido conhecidos os deputados escolhidos para representar os vários países no Parlamento Europeu, chega a altura de saber como vai reagir a União Europeia. Em Portugal, o partido português que conquistou mais assentos foi o PS, com Pedro Marques como cabeça de lista, com 33,38% dos votos, enquanto o PSD conquistou 21,94% dos votos. Já o PAN conseguiu eleger pela primeira vez um deputado.

Memorial Day encerra Wall Street, Europa reage às eleições

Por causa do Memorial Day, as bolsas norte-americanas vão estar fechadas esta segunda-feira. Wall Street só voltará assim à negociação na terça-feira. Na Europa, os investidores deverão reagir aos resultados das eleições europeias.

Início da 6.ª edição das Conferências do Estoril

Arranca esta segunda-feira a 6.ª edição das Conferências do Estoril, um evento que vai acontecer entre os dias 27 e 29 de maio no campus da Nova SBE em Carcavelos. Este ano, a marcar presença vai estar Pierre Moscovici, Comissário Europeu para Assuntos Económicos e Financeiros, Sérgio Moro, ministro da Justiça do Brasil, e cinco prémios Nobel. Mas a novidade é Juan Guaidó, autoproclamado Presidente interino da Venezuela, que deverá ser um dos intervenientes, embora através de videoconferência.

Como vai a execução orçamental?

A Direção-Geral do Orçamento divulga a síntese de execução orçamental até abril. Os dados relativos ao primeiro trimestre do ano revelaram um excedente orçamental de 884 milhões de euros, uma melhoria de 1.289 milhões de euros em relação ao mesmo período do ano anterior, com a receita a crescer seis vezes mais do que a despesa.

Boa altura para atestar o automóvel. Combustíveis ficam mais baratos

Esta é uma boa semana para abastecer o automóvel, dado que os combustíveis vão ficar mais baratos, fruto de uma semana marcada pelo recuo das cotações do petróleo nos mercados internacionais. O gasóleo terá a maior quebra, com o preço do litro a descer 1,7 cêntimos para 1,38 euros, o valor mais baixo desde a semana iniciada a 8 de abril. Por sua vez, a gasolina vai ficar 0,3 cêntimos mais barata, devendo o litro passar a custar 1,568 euros.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Insurtechs captam mais de mil milhões de dólares por trimestre

  • ECO Seguros
  • 27 Maio 2019

São as novas vedetas tecnológicas do mercado segurador, numa época em que os processos estão cada vez mais digitalizados. Captam financiamentos milionários no mercado norte-americano

O que reservam as Insurtech à indústria seguradora na próxima década? “Um algoritmo expresso numa app abrirá as portas ao mercado milenar? Será que a blockchain vai finalmente tornar a compra de um seguro uma experiência maravilhosa?” As interrogações são colocadas pela consultora global Willis Towers Watson.

O ano passado não faltou capital que fluísse para o universo Insurtech. Na verdade, no último trimestre de 2018 as Insurtech atingiram o seu segundo maior nível de investimento. No primeiro trimestre deste ano assistiu-se a novos recordes. Foram anunciados 85 negócios envolvendo um valor total de 1,42 mil milhões de dólares, o que significa que por quatro trimestres sucessivos as Insurtechs captaram sempre financiamentos acima de mil milhões de dólares no mercado norte-americano.

“Mas qual a contrapartida deste dilúvio de dinheiro? Pode argumentar-se que muito do espaço Insurtech na verdade é parecido com a fábula da roupa nova do Imperador. Por outras palavras, existem muito poucas pessoas que se sintam suficientemente corajosas para perguntar: “Onde está a mudança ou a melhoria?”, interroga a Willis Towers.

Para a Willis Towers Watson a tecnologia apropriada é a continuação do sucesso da indústria seguradora. Trata-se de adotar tecnologia apropriada para reposicionar o mercado segurador. E o facto um número crescente de processos e funções se tornarem digitalizados e tecnologicamente suportados, ainda há grande potencial para fornecedores de soluções inovadoras, centradas no seguro, pelo que as Insurtechs têm um papel a desempenhar. A Willis Towers acredita que algumas Insurtechs estão a agregar valor genuíno para reformular a cadeia de valor nos seguros. Mas o grande volume de empresas prometedoras torna cada vez mais difícil a sua seleção.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Generali vende parte de portfólio no Reino Unido

  • ECO Seguros
  • 27 Maio 2019

A seguradora, com a venda, liberta recursos que poderá reinvestir em novas oportunidades

A Generali vendeu parte do seu portfólio do Ramo vida no Reino Unido a uma subsidiária do Reinsurance Group of America, que opera o ramo vida e o resseguro de saúde.
O portfólio vendido corresponde a cerca de 680 milhões de euros em passivos.

A operação reforça a posição de capital do Grupo Generali com o crescimento estimado de 1 ponto percentual no seu rácio de solvabilidade.

“Graças à venda deste portfólio, vamos libertar recursos que poderemos reinvestir em novas oportunidades. A operação também melhora a eficiência operacional de nossa filial do Reino Unido,”, refere o diretor financeiro da seguradora, Cristiano Borean, citado no comunicado do grupo.

Paralelamente, a Generali assinou um contrato de resseguro para cobrir os pagamentos que decorram do negócio alienado.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Allianz reforça seguro de saúde com novo programa

  • ECO Seguros
  • 27 Maio 2019

A Allianz acabou de lançar um novo programa, que integra o ramo saúde, e que visa criar hábitos alimentares e rotinas que favorecem uma vida saudável

A Allianz Portugal acaba de lançar o «Programa de Vida Saudável», um novo serviço do Allianz Saúde que visa a promoção de rotinas favoráveis à saúde. Através da uma equipa de nutricionistas, o novo serviço contempla a análise aos hábitos alimentares e de saúde e disponibiliza um plano de refeições e exercício físico, adequado aos objetivos de cada cliente. Ao longo do programa, a equipa de especialistas acompanha a evolução das pessoas, estando disponível para prestar o apoio necessário.

Maria Ana Oliveira Martins, membro do Comité Executivo – Direção de Produtos Pessoais e Atuariado na Allianz Portugal, refere a propósito: «O lançamento de mais este serviço Allianz acompanha o trabalho que estamos a desenvolver no sentido de promover o acesso à saúde e ao bem-estar dos nossos clientes. A escolha por um estilo de vida mais saudável é uma necessidade atual e muito preponderante nos nossos mercados. É neste sentido que nasce o programa. Queremos ajudar os nossos clientes a atingir os seus objetivos individuais e para isso podem agora contar com um programa estruturado e com o apoio de uma equipa muito completa de excelentes profissionais de saúde.»

Com base na dieta mediterrânica e nos benefícios para a saúde que lhe estão associados, e na importância da prática de exercício físico, o plano é constituído por uma proposta de dieta alimentar, assim como por um plano de atividade física, de fácil adesão, para garantir o alcance de novos hábitos e um estilo de vida mais saudável.

O serviço é gratuito para todos os clientes maiores de 18 anos, que possuam um seguro Allianz Saúde. Para a adesão, apenas é necessário o preenchimento de um formulário; posteriormente, serão enviados os planos de dieta e de atividade física, adaptados a cada cliente.

O «Programa de Vida Saudável» integra o ramo de saúde da companhia de seguros, que oferece consultas médicas ‘on-line’, segunda opinião médica, via ‘e-mail’ ou telefone, bem como serviços de SPA, health clubs, terapias alternativas e consultas de nutrição e bem-estar.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

LOGO com nova presença online

  • ECO Seguros
  • 27 Maio 2019

Para a LOGO as redes sociais são, hoje, um balcão das seguradoras, razão por que renovou a sua presença online com um projeto conduzido pela agência Plot

A seguradora Logo renovou a sua presença online num projeto desenvolvido pela Plot, agência que agora fica responsável pela gestão de redes sociais da marca. “A nossa visão de full content assenta na perfeição numa marca full digital”, afirmou à Meios & Publicidade Rui Borges, CEO da Plot Content Agency, sublinhando que “as redes sociais são, hoje, um balcão das seguradoras” pelo que “temos de ligar estes canais de envolvimento aos canais funcionais da marca”.
Depois de ter sido responsável pela adaptação do conceito visual da marca ao novo site, bem como pela implementação do mesmo em colaboração com as equipas da seguradora, a agência assume as redes sociais, trabalhando agora as “componentes de estratégia, criatividade e gestão de comunidade do Facebook, Instagram e LinkedIn”.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Marcelo Rebelo de Sousa: “68,7% dos portugueses optaram por não optar”

O Presidente da República destacou os números de abstenção em Portugal, mas adiantou que "temia pior". Marcelo salienta ainda que a maioria apoiou o projeto europeu.

Os números quase finais da contagem dos votos apontam para uma taxa de abstenção de 68,7%, um novo recorde. Nas eleições de 2014, a percentagem de portugueses que optou por não votar tinha sido de 66%.

No Banco Alimentar Contra a Fome, Marcelo Rebelo de Sousa comentou esta noite os resultados das eleições, e apontou para a abstenção e para uma maioria de apoio ao projeto europeu.

“Ainda não há resultados finais e distribuição de mandatos. Mas queria saudar todos os candidatos eleitos e esperar que defendam a posição de Portugal e dos portugueses no Parlamento Europeu, num momento decisivo na Europa”, começou por dizer o Presidente da República.

Marcelo lembrou os “68,7% que optaram por não optar. É uma opção legitima, mas significa aceitar os direitos de voto dos que decidiram votar. Houve um aumento da abstenção, um número significativo escolheu não escolher”. Mesmo assim, diz que “temia pior”, ou seja, uma abstenção a rondar os 75 a 80%.

Marcelo Rebelo de Sousa sublinha ainda “uma maioria clara pró europeia, que ultrapassa os 60%”.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Costa destaca vitória dos partidos da Geringonça nas europeias

O primeiro-ministro salientou a vitória dos parceiros de governação do PS nas eleições europeias, enquanto a direita sofreu "uma derrota muito clara".

António Costa destacou a vitória dos parceiros de governação em conjunto com a do PS, nestas eleições europeias. Por outro lado, os partidos de direita, PSD e CDS, sofreram uma “derrota muito clara“, comentou o primeiro-ministro, em reação aos resultados das eleições para o Parlamento Europeu.

“É muito claro que o PS e os partidos que, com o PS, realizaram a atual solução governativa tiveram uma vitória na noite de hoje“, apontou António Costa, em declarações transmitidas pelas televisões. O PS alcançou cerca de 33,4% dos votos nestas eleições europeias, enquanto o PSD conseguiu 22,2%. Já o Bloco garantiu 9,8% dos votos e a CDU 6,7%.

Para o primeiro-ministro, é “evidente a derrota muito clara que o PSD e o CDS sofreram”. Costa ressalva a importância dos resultados destas eleições, já que “têm sido raras as vezes que o partido que está no Governo vence eleições europeias”. Para além disso, “este resultado significa um voto de confiança no PS”, acrescenta.

No panorama europeu, Costa sublinhou o “crescimento marginal das forças da extrema-direita e antieuropeias no conjunto do Parlamento”, relembrando que, mesmo assim, “há uma esmagadora maioria dos apoiantes do projeto europeu e dos progressistas”. “Os portugueses apoiam o projeto europeu e desejam que a Europa corresponda aquilo que são as principais necessidades”, complementou.

O cabeça de lista do PS para as europeias, Pedro Marques, celebrou também os resultados obtidos pelo partido. “A vitória do PS é um verdadeiro farol de esperança”, disse, destacando que ficaram “a mais de dez pontos percentuais do principal adversário”, fazendo referência ao PSD.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Catarina Martins diz que mapa político sai reconfigurado

  • Lusa
  • 26 Maio 2019

"O Bloco cresceu em percentagem, cresceu em votos e cresceu em todo o território, de norte a sul, do litoral ao interior e é hoje a terceira força política do país", afirmou a líder do partido.

A coordenadora do BE qualificou hoje de “extraordinário” o resultado do partido nas europeias, considerando que estas eleições “reconfiguram o mapa político” e que “a disputa política está nos projetos que a esquerda tenha capacidade para apresentar”.

O Bloco de Esquerda cresceu em percentagem, cresceu em votos e cresceu em todo o território, de norte a sul, do litoral ao interior e é hoje a terceira força política do país. Com mais força, mais capacidade e por isso mesmo com mais responsabilidade”, destacou Catarina Martins num discurso no quartel-general do partido para a noite eleitoral, o Teatro Thalia, em Lisboa, onde falou de um “extraordinário resultado” do partido.

Na perspetiva da líder bloquista, a “derrota da direita” é “um sinal claro” de que o país percebe que a “disputa política está nos projetos que a esquerda tenha capacidade para apresentar”.

“E é por isso que estas eleições, como disse e bem a Marisa Matias, reconfiguram o mapa político. O debate está em aberto sobre o emprego, a saúde, as pensões, a habitação, o clima e é a esquerda que vai definir esse debate”, sublinhou.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

“É preciso reconhecer os erros de hoje”, diz Rui Rio

Rui Rio diz que os objetivos dos sociais-democratas não foram atingidos e é por isso necessário "reconhecer os erros" e "atuar diferente".

“A mensagem do PS nestas eleições passou melhor do que a nossa”, admitiu o líder do PSD, em declarações transmitidas pelas televisões. Perante os resultados das eleições europeias, Rui Rio diz que os objetivos dos sociais-democratas não foram atingidos e é por isso necessário “reconhecer os erros” e “atuar diferente”.

O PS venceu as eleições europeias, com cerca de 33,5% dos votos, enquanto o PSD terá alcançado 22,2% dos votos. Mesmo depois deste resultado, Rui Rio não abandona o cargo e “assume as responsabilidades”.

Claro que tenho condições para levar PSD a um bom resultado“, reitera. Este resultado é que o partido se apresente como alternativa aos socialistas. “Só o PSD é que pode ser alternativa ao PS”, diz.

O líder dos sociais-democratas acrescenta ainda que acredita que o partido estará consigo no caminho para as legislativas, depois de “um ano com turbulência interna”. Tendo em vista o futuro, o presidente do PSD indica que “os partidos têm acima de tudo de ser capazes de dialogar por Portugal e ser capazes de fazer aquelas reformas que são decisivas”.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

“Não estamos satisfeitos” com o resultado da Aliança, diz Santana Lopes

  • Lusa
  • 26 Maio 2019

Pedro Santana Lopes considerou que o resultado conquistado nas europeias, não tendo conseguido eleger eurodeputados, ficou “aquém” do que gostariam de ter alcançado.

“Queremos assumir que foi um resultado que ficou aquém daquilo que gostaríamos de ter alcançado, com certeza que sim”, disse o líder da Aliança em declarações aos jornalistas a partir da sede, em Lisboa, ainda antes de começarem a ser divulgados os resultados oficialmente.

“Não estamos satisfeitos, gostávamos de ter eleito uma representação”, acrescentou o presidente do partido, classificando o resultado como “um pouco uma desilusão”, numa noite “com sabor agridoce”.

Apontando que “com certeza que não é uma vitória, não é também um empate”, Santana Lopes salientou que “derrota era se não” tivessem lutado.

Antes, o cabeça de lista da Aliança ao Parlamento Europeu, Paulo Sande, afirmou que o resultado desta noite “não é obviamente” aquele que esperavam, mas “é um resultado dos novos partidos, um resultado digno, um resultado que permite naturalmente lançar as bases do futuro”.

“O povo português escolheu e escolheu não mudar, escolheu manter os partidos que já existem”, criticou, apontando que “nos outros países escolheu-se a mudança”, mas Portugal continua “infelizmente a escolher sempre os mesmos”.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Rangel assume que PSD falhou eleição de mais um deputado, mas “aumentou peso eleitoral”

  • Lusa
  • 26 Maio 2019

O cabeça de lista do PSD às europeias, Paulo Rangel, assumiu hoje que o PSD falhou os objetivos de vencer as eleições e eleger mais um eurodeputado do que em 2014, mas considerou que “aumentou o peso

O cabeça de lista do PSD às europeias, Paulo Rangel, assumiu que o PSD falhou os objetivos de vencer as eleições e eleger mais um eurodeputado do que em 2014, mas considerou que “aumentou o peso eleitoral”.

“O partido não alcançou o objetivo que fixou para si próprio, mas aumentou o seu peso eleitoral – fomos em coligação [em 2014] – mas esse aumento não se traduz na eleição de mais um eurodeputado”, afirmou Paulo Rangel, em declarações aos jornalistas, nas quais felicitou o PS pela vitória nas europeias.

O eurodeputado salientou que o partido tinha fixado como primeiro objetivo vencer as eleições, e, se tal não fosse possível, “não apenas subir do patamar de 2014”, objetivo que considerou “atingido”, mas também “garantir mais eurodeputados”.

Há cinco anos, o PSD, em coligação com o CDS-PP, conseguiu 27,7% dos votos, e elegeu seis eurodeputados (mais um para os democratas-cristãos), numa lista também liderada por Paulo Rangel.

Segundo dados oficiais da Secretaria-geral do Ministério da Administração Interna, o Partido Socialista era hoje, pelas 22:25, o partido mais votado nas europeias, com 33,81% dos votos e quatro eurodeputados eleitos, com 3.000 das 3.092 freguesias apuradas e 83 dos 100 consulados.

Em segundo lugar estava, à mesma hora, o Partido Social Democrata, com 22,71% dos votos e dois eurodeputados eleitos.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.