Centeno critica leilão “absolutamente demagogo” sobre política fiscal
“Toda a gente entra numa demagogia e num leilão como se fosse fácil cumprir orçamentos”, diz Mário Centeno.
O ministro das Finanças, Mário Centeno, criticou esta noite todos aqueles que fazem demagogia com a política fiscal, afirmando que “agora parece fácil cumprir os objetivos orçamentais”.
“A política fiscal é muito séria e o leilão absolutamente demagogo que temos visto nos últimos dias, numa tentativa de desfazer aquilo que foi este trabalho que fizemos ao longo destes últimos anos, não pode ser deixado em branco, tem que ser esclarecido”, disse Mário Centeno.
O ministro falava durante um plenário com militantes socialistas em São João da Madeira, no distrito de Aveiro, para fazer o balanço dos últimos quatro anos do Governo PS.
"A política fiscal é muito séria e o leilão absolutamente demagogo que temos visto nos últimos dias, numa tentativa de desfazer aquilo que foi este trabalho que fizemos ao longo destes últimos anos, não pode ser deixado em branco, tem que ser esclarecido.”
Na sua intervenção inicial na sessão, a única parte aberta aos jornalistas, Centeno disse que o Governo PS cumpriu os objetivos orçamentais a que se propôs nos últimos anos, adiantando que agora “toda a gente entra numa demagogia e num leilão como se fosse fácil cumprir orçamentos”.
“Todos os que hoje querem fazer demagogia com a política fiscal têm que crescer um pouco para a exigência de todo este processo e demonstrar a razoabilidade ou a falta dela das suas propostas”, disse Mário Centeno.
Perante uma plateia de cerca de 80 militantes, Centeno fez “um pequeno filme” dos últimos quatro anos, vincando aqueles que foram os três desígnios em termos económicos e financeiros do Governo PS: “estabilização do sistema financeiro e das contas públicas e crescimento económico, o emprego e a confiança”.
O ministro realçou ainda os resultados obtidos com a redução de quase metade do número de desempregados, relativamente a 2015, e de 70% nos desempregados de longa duração, assinalando que “não há nenhum país na área do euro a quem isto tenha acontecido nos últimos quatro anos”.
“Tudo isto é um processo, tudo isto é feito com um objetivo de continuidade. Não podemos agora soçobrar, como no passado infelizmente aconteceu. Não podemos agora pôr em causa aquilo que tanto trabalho deu a conseguir”, concluiu.
À entrada para a reunião, o ministro das Finanças tinha à sua espera um pequeno grupo de lesados do BES que gritavam “queremos o nosso dinheiro”.
“O senhor primeiro-ministro que dê a cara e que fale connosco. Não tenha medo de nós”, disse uma manifestante.
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