Londres chumba projeto para construir torre com 300 metros
A Câmara de Londres vetou os planos para a construção da torre "Tulip", um arranha-céus com 300 metros, no centro da cidade. A razão? Projeto não tinha qualidade suficiente.
Ia ser o segundo edifício mais alto da Europa Ocidental, mas já não vai ser. A Câmara de Londres chumbou o projeto da torre “Tulip”, um edifício com 300 metros de altura, que ia ser construído na cidade, perto do rio Tamisa. Nem os 1,2 milhões de visitantes que o edifício ia atrair conseguiram convencer o presidente da câmara, que afirma que o projeto não tem qualidade suficiente.
Foi em 2014 que o Grupo Safra, detido pelo multimilionário brasileiro Joseph Safra, comprou o Gherkin, um dos arranha-céus mais conhecidos de Londres, por 726 milhões de libras (808 milhões de euros), de acordo com o The Guardian (conteúdo em inglês). Foi pedido ao arquiteto Norman Foster que transformasse a cúpula do edifício, conhecido como “pepino”, numa atração para visitantes, mas o espaço foi considerado pequeno.
![](https://ecoonline.s3.amazonaws.com/uploads/2019/07/gherkin.jpg)
Em novembro do ano passado, Foster decidiu criar “um apêndice independente”, mais alto do que tudo o que estava à volta. Nasceu, assim, o projeto para a torre “Tulip”: uma cápsula com 12 andares, semelhante a um ovo de vidro, envolvida por “três colheres” verticais, com um elevador e cheia de bares, restaurantes e uma vista panorâmica sobre a cidade, descreve o The Guardian. Seria a estrutura mais alta de Londres, com 305,3 metros de altura, quase o dobro do “pepino”.
O projeto recebeu uma aprovação inicial, mas Sadiq Khan, presidente da Câmara de Londres, acabou por chumbá-lo. “O presidente tem uma série de preocupações sérias com esse projeto e, depois de estudá-lo detalhadamente, recusou a aprovação para um projeto que acredita que resultaria num benefício público muito limitado“, disse o porta-voz de Khan, citado pelo jornal britânico.
![](https://ecoonline.s3.amazonaws.com/uploads/2019/07/tulip-tower.png)
“Em particular, ele acredita que o projeto não tem qualidade suficiente para uma localização tão proeminente e que a torre poderia prejudicar o horizonte de Londres e impactar as vistas do local do património mundial da Torre de Londres. As propostas também resultariam num espaço público inóspito e mal projetado ao nível das ruas”, continuou.
Em abril, quando a City of London Corporation aprovou o projeto, o chefe-executivo da Historic England, Duncan Wilson, também levantou preocupações quanto a esta torre. “Este edifício, um poço com elevador com uma protuberância no topo, prejudicaria exatamente a mesma coisa que os seus autores defendem que criaria: turismo e vistas da extraordinária herança de Londres“, disse. Os financiadores do projeto defendem que o arranha-céus iria atrair 1,2 milhões de visitantes por ano.
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