Ausência de extraordinários penaliza Sonae Indústria. Lucros caem 87% para 2,4 milhõe
Com o volume de negócios a crescer e a dívida líquida a diminuir, o primeiro semestre da Sonae Indústria acabou penalizado pelo pagamento de compensações pelos incêndios em igual período de 2018.
A Sonae Indústria registou 2,4 milhões de euros de lucro no primeiro semestre, valor que compara com os 18,9 milhões de euros totalizados em igual período do ano anterior, foi comunicado esta segunda-feira ao mercado.
“A Sonae Indústria registou, no primeiro semestre deste ano, um resultado líquido consolidado de 2,4 milhões de euros, valor que representa uma redução significativa face aos 18,9 milhões de euros registados no período homólogo de 2018”, indicou, em comunicado, a empresa liderada por Paulo Azevedo.
Face a este resultado, a Sonae Indústria ressalvou que os resultados do semestre comparam com um período de 2018 em que a empresa viu “reconhecidos proveitos relativos às compensações de seguro resultantes dos incêndios florestais que afetaram as fábricas da Sonae Arauco em Portugal em outubro de 2017”. Além disso, reconhece a empresa, “os resultados da Sonae Arauco refletem também condições de negócio mais desfavoráveis no 1S19 face ao mesmo período do ano anterior”.
Nos primeiros seis meses do ano, o volume de negócios consolidado atingiu cerca de 116,4 milhões de euros, uma subida homóloga de 4,1%, justificada, sobretudo, pelo “aumento dos preços médios de venda na América do Norte e a variação cambial positiva do dólar canadiano”.
Por sua vez, entre janeiro e junho, o resultado antes de impostos, juros, amortizações e depreciações (EBITDA) da empresa liderada por Paulo Azevedo totalizou 12,5 milhões de euros, o equivalente a uma descida de 1,3 milhões de euros em comparação o mesmo semestre de 2018.
Já o valor de custos fixos representou 17% do volume de negócios, “em linha com o valor registado no período homólogo de 2018”.
Neste período, os encargos financeiros foram de cerca de 5,7 milhões de euros, também em linha com o registado no primeiro semestre de 2018.
No final de junho, o valor dos capitais próprios situava-se em cerca de 141,1 milhões de euros, o que representa uma progressão de 1,3 milhões de euros face a março, devido ao “impacto positivo” dos resultados líquidos do trimestre.
A dívida líquida, por seu turno, era de 204,7 milhões de euros no final de junho, menos, sensivelmente, 0,9 milhões de euros face a março de 2019 ou uma redução de três milhões de euros em comparação a junho.
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