Ryanair admite despedir até 500 pilotos e 400 tripulantes de cabine
O impacto do Brexit, o aumento do preço dos combustíveis e o atraso na entrega dos aviões Boeing 737 Max estão na base de um eventual corte no número de trabalhadores da companhia aérea.
A Ryanair admitiu esta quinta-feira que poderá despedir até 500 pilotos e 400 tripulantes de cabine, devido ao impacto do Brexit, ao aumento do preço dos combustíveis e ao atraso na entrega dos aviões Boeing 737 Max.
A companhia de aviação irlandesa avançou hoje com detalhes em relação a este assunto, depois de o seu presidente executivo, Michael O’Leary, ter exposto os planos de reestruturação num vídeo enviado na quarta-feira aos trabalhadores, em que pede “desculpa” pelas “más notícias”.
No vídeo de quatro minutos de duração, a administração da companhia aérea explica que os despedimentos na Ryanair, que atualmente conta com 19.000 trabalhadores, são “simplesmente inevitáveis”.
Na segunda-feira, Michael O’Leary informou que o lucro da transportadora aérea caiu 21% no primeiro semestre do exercício fiscal, para 243 milhões de euros, face a idêntico período do ano fiscal anterior.
O gestor justificou, então, a queda do resultado líquido como consequência também do embaratecimento dos bilhetes e do aumento dos custos da frota, devido “sobretudo aos grandes aumentos salariais dos pilotos e tripulantes de cabine nas negociações realizadas no ano passado”.
“Estas más notícias surgem duas semanas depois de anunciar que os atrasos na entrega do (Boeing) Max significavam que, em vez dos 58 novos aviões para o verão de 2020, teria agora de adquirir apenas 30”, salienta a administração no vídeo divulgado internamente.
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