Deputados e seguradores britânicos contra mãos-livres
Falar ao telefone em sistema mãos livres ou usando um aparelho tem a mesma e bastante gravidade, concluiu comité de deputados da Câmara dos Comuns britânica. Seguradores apoiam conclusões.
Devem ser consideradas medidas mais duras para conversas telefónicas durante a condução, mesmo se realizadas através de sistemas de mãos livres, concluiu o Commons Transport Select Committee, comissão especializada do parlamento britânico para assuntos de transporte no seu relatório “Road safety: driving while using a mobile phone”, que trata o uso de telemóvel e as suas implicações na segurança rodoviária.
No Reino Unido desde 2003 que falar ao volante de um carro em movimento segurando um aparelho é penalizado com 6 pontos na carta e 200 libras de multa. No entanto, em 2017, 43 pessoas morreram, 135 ficaram gravemente feridas e 595 foram feridos ligeiros em acidentes de automóvel em que o uso de telemóveis contribuiu. Este total de 773 vítimas tem vindo a subir desde 2009 quando mortos e feridos foram de 509.
Outro dado que a Comissão reteve foi o aumento do número de licenciados para conduzir no Reino Unido. Em 2003 eram pouco mais de 31 milhões, hoje são quase 38 milhões, um aumento de 18%. No mesmo período os lares com pelo menos um telefone móvel passou de 76% para 95%.
O relatório da Comissão, perante todos os factos que estudados, conclui: “O uso de telemóveis, ou outro aparelho, prejudica a habilidade para conduzir em segurança e torna mais provável a ocorrência de acidentes viários. Esta é uma verdade quer se trate de um aparelho manual quer seja um sistema de mãos livres”.
A ABI – Association of British Insurers, associação que junta as companhias de seguros, veio em apoio a estas conclusões. Laurenz Gerger, Conselheiro da ABI para o ramo automóvel afirmou ao jornal Inteligent Insurer que “o uso de telemóveis na condução deve ser tão socialmente inaceitável como conduzir alcoolizado”.
Também o aristocrático RAC- Royal Automobile Club e a mais popular AA – Automobile Association apoiam a perseguição ao uso de telemóveis. Edmund King, presidente do AA, declarou mesmo que “devia haver mais polícia atenta a quem fala ao telefone quando conduz”.
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