África impulsiona lucros e volume de negócios da Mota-Engil
Construtora regista carteira de encomendas superior a 5,2 mil milhões de euros, com África a responder por mais de 50%. Lucros atribuíveis ao grupo crescem 42% para oito milhões de euros.
A Mota-Engil registou nos primeiros seis meses do ano vendas na ordem dos 1.344 milhões de euros. Um resultado corresponde a um crescimento de 7% face a igual período do ano passado e que foi impulsionado pelo negócio registado pela construtora portuguesa nos mercados africanos, comunicou esta quinta-feira a empresa. Já o resultado líquido atribuível ao grupo cresceu 42%, atingindo os oito milhões de euros.
Nos mercados africanos o volume de negócios subiu 25%, com Moçambique a evidenciar “um forte crescimento a par dos novos mercados do oeste e do este”. Já Angola evidenciou “um crescimento razoável”, com a construtora a registar a expectativa de que a atividade “irá acelerar fruto de um maior ritmo de execução da sua carteira de encomendas”. A margem EBITDA em África atingiu os 20% “com um contributo equilibrado de todos os mercados”, escreve ainda a empresa.
É igualmente de África que vêm as maiores probabilidades de crescimento, com a carteira de encomendas neste mercado a atingir os 2.648 milhões de euros, de um total de 5,2 mil milhões, que se repartem ainda pela Europa (25%) e pela América Latina (24%).
Nos mercados europeus, a faturação refletiu a recuperação da atividade de engenharia e construção em Portugal, mercado que “apresenta projetos relevantes ao nível das infraestruturas no segmento dos transportes (aeroporto, ferrovia e metro) e no segmento da saúde (hospitais) para os quais já existem fundos da União Europeia assignados”, diz a Mota-Engil.
Já na América Latina, e apesar das “alterações políticas, a região apresentou um nível de receitas confortável e uma melhoria na margem operacional”.
Com uma dívida de 1.067 milhões de euros a 31 de junho, com “um gearing estável nos 2.5x”. A empresa diz que a estratégia financeira vai continuar “focada no reforço da estrutura de capital e no objetivo de continuar a estender as maturidades da dívida e a diversificação das fontes de
financiamento”.
Tendo investido cerca de 107 milhões de euros no primeiro semestre, a Mota-Engil estima fechar o ano com um capex próximo do “máximo do intervalo” entre 150 e os 180 milhões de euros.
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