Galp produz mais petróleo. Refinação e vendas de gás travam
A produção de petróleo acelerou no 3.º trimestre do ano para 124 mil barris diários. Na refinação e distribuição registou-se uma quebra, embora as margens tenham crescido entre o 2.º e o 3.º trimestre
A produção de petróleo da Galp Energia acelerou no terceiro trimestre do ano. Foram produzidos 124 mil barris diários, um aumento de 21% face ao verificado no período homólogo, revelam os dados preliminares da empresa publicados esta terça-feira na Comissão de Mercado de Valores Mobiliários (CMVM). Pior foi a performance da área de refinação e distribuição, bem como do gás, onde se observaram quebras.
Os dados preliminares do terceiro trimestre do ano dão conta de um crescimento da produção de petróleo em Angola de 7,4 mil barris/dia no trimestre homólogo para 12,7 mil barris por dia, um aumento de 72%. Essa subida é “suportada pelo contínuo ramp-up do Bloco 32″, em Angola explica a empresa liderada por Carlos Gomes da Silva.
Contudo, o grosso do acréscimo de produção teve origem no Brasil. A atividade de exploração e de produção da petrolífera portuguesa naquele território aumentou em 17%, passando de 94,9 mil barris diários no terceiro trimestre de 2018, para 111,3 mil no mesmo período deste ano. Neste âmbito, a Galp Energia destaca o campo de Lula, no Brasil, “onde a FPSO Lula Extremo Sul atingiu o plateau de produção de petróleo”.
Já na refinação e distribuição registou-se uma quebra de 26% nas matérias-primas processadas e de 33% nas margens, face ao período homólogo, embora face ao segundo trimestre se tenha observado um aumento das margens na ordem de 28%. Já no que respeito às vendas de produtos refinados houve um recuo de 13%, face ao período homólogo.
As quebras de refinação são justificadas pela Galp com o facto de no terceiro trimestre deste ano terem decorrido “operações de manutenção planeadas” na refinaria de Sines, e que se focaram na unidade de destilação atmosférica. É salientada ainda a implementação de projetos de eficiência energética em unidades chave daquela refinaria no âmbito das iniciativas “+$1/boe”. “Adicionalmente, em setembro, verificaram-se restrições operacionais que resultaram na menor utilização das unidades de conversão da refinaria de Sines”, diz ainda a petrolífera.
Já as vendas totais de gás natural ou liquefeito registaram uma quebra de 11%, enquanto as vendas a clientes diretos decresceram 6%. Já as vendas no mercado internacional (“trading”) deslizaram 18% face a igual período do ano passado.
Tratando-se de dados preliminares, apenas a 22 de outubro serão fechados em definitivo os respetivos valores. Nessa data, a petrolífera divulga as contas do terceiro trimestre.
(Notícia atualizada às 7h55)
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