Banca portuguesa mais exposta ao risco internacional
Após dois anos em que o montante esteve abaixo de 80 mil milhões de euros, a exposição imediata dos ativos financeiros internacionais dos bancos portugueses voltou a ultrapassar esta barreira em 2019.
A banca portuguesa aumentou a exposição ao risco internacional. As instituições financeiras portuguesas tinham 85,5 mil milhões de euros em ativos financeiros internacionais com exposição a risco imediato no final do primeiro semestre do ano. Após dois anos em que o montante esteve abaixo de 80 mil milhões de euros, voltou a ultrapassar esta barreira no início de 2019.
“No final do primeiro semestre de 2019, a exposição imediata dos ativos financeiros internacionais dos bancos portugueses situava-se em 85,5 mil milhões de euros, mais 4,9 mil milhões de euros relativamente ao primeiro trimestre de 2019, parcialmente explicado por operações de aquisição de títulos de capital de entidades bancárias não residentes“, refere o relatório publicado esta quarta-feira pelo Banco de Portugal.
A ótica do risco imediato refere-se à exposição aos países de residência dos agentes com quem o banco celebrou o contrato diretamente e que têm a responsabilidade imediata perante o banco. O valor dos ativos em questão tem vindo a crescer há seis trimestres seguidos.
Ativos internacionais da banca portuguesa na ótima do risco e transferência de risco
Há outro indicador — do risco de última instância — que se refere à exposição aos países de residência dos agentes que garantem o cumprimento do contrato em substituição da entidade com quem este foi celebrado, refletindo a existência de garantias prestadas por um terceiro interveniente.
Neste caso, também houve aumentos. A exposição em última instância dos bancos portugueses era de 87 mil milhões de euros de ativos financeiros internacionais, o que representa um acréscimo de 4,8 mil milhões de euros relativamente ao primeiro trimestre de 2019. Cerca de 74% destes ativos localizavam-se na União Europeia, segundo os dados do BdP.
“A diferença entre a exposição de última instância e a imediata (1,5 mil milhões de euros) corresponde a uma transferência de risco líquida de Portugal para o exterior. Uma vez que a exposição em última instância dos ativos financeiros internacionais é superior à exposição imediata, existem ativos dos bancos sobre entidades residentes que são garantidos por entidades não residentes”, acrescenta o supervisor da banca.
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