BCP e Galp colocam bolsa em máximos de um mês. Brexit condiciona Europa

Praças europeias fecharam o dia em terreno misto. Brexit continua a dar dores de cabeça aos investidores. Ainda assim, Lisboa escapou ao nervosismo e somou quase 1% à boleia do BCP e Galp.

A bolsa nacional encerrou a sessão desta quarta-feira em máximos de mais de um mês, à boleia dos ganhos do BCP e da Galp. Lisboa conseguiu escapar aos receios dos investidores em relação ao Brexit, que condicionou a negociação nas praças europeias. O tema da saída do Reino Unido da União Europeia continua a ser uma dor de cabeça.

O PSI-20, o principal índice português, somou 0,83% para 5.057,72 pontos, o valor mais elevado desde o dia 16 de setembro. Foram 11 as cotadas a fechar acima da linha de água. Os CTT tiveram o melhor desempenho, acelerando 4,03% para 2,53 euros, ajustando a cotação após a queda verificada na sessão anterior.

Mas os motores da subida da bolsa de Lisboa foram sobretudo o BCP e a Galp. O banco liderado por Miguel Maya valorizou 1,87% para 0,2019 euros — esta semana, a instituição veio clarificar que o acionista angolano Sonangol está de pedra e cal na estrutura de capital do banco. A petrolífera, que manteve o compromisso de subir dividendos esta terça-feira, ganhou 1,20% para 13,865 euros.

Destaque ainda para a Jerónimo Martins. A retalhista apresenta esta quarta-feira as contas do último trimestre. Os analistas do CaixaBank BPI Research apontam para um aumento de 8% das vendas para 4.722 milhões de euros. Antes desse reporte de contas, as ações da dona do Pingo Doce somaram 0,68% para 14,87 euros.

PSI-20 em máximos de mais de um mês

Fonte: Reuters

Lá por fora, o dia foi indefinido. O Stoxx 600, índice de referência para a Europa, ganhou ligeiros 0,12% para 395,06 pontos. Também as praças de Madrid e de Frankfurt encerraram com ganhos tímidos. Do lado das perdas, o parisiense CAC-40 perdeu quase 0,1% e o FTSE-Mib de Milão perdeu 0,6%.

“As bolsas europeias não apresentaram uma única tendência, numa sessão em que as atenções se mantiveram focadas nos desenvolvimentos relacionados com o Brexit e nos resultados empresariais apresentados na Europa e nos EUA”, referem os analistas do BPI. Esta terça-feira o Parlamento britânico chumbou o calendário proposto por Boris Johnson e está aberta a porta a eleições antecipadas no Reino Unido.

“Admitindo que a União Europeia concede uma extensão do prazo, os media ingleses têm vindo a referir a possibilidade de Boris Johnson ficar tentado a convocar eleições antecipadas, sustentado pelas sondagens que lhe atribuem 36% das intenções dos votos face aos 24% dos Trabalhistas”, explicam os analistas.

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