Parlamento marca eleições no Reino Unido para 12 de dezembro
O Parlamento britânico aprovou esta terça-feira a moção simples de Boris Johnson para marcar eleições antecipadas para 12 de dezembro, depois de o primeiro-ministro ter retirado o acordo com a UE.
O Parlamento britânico aprovou esta terça-feira a marcação de eleições antecipadas no Reino Unido para o dia 12 de dezembro, com 438 deputados a votar a favor da moção simples apresentada pelo Governo para marcar eleições, depois de Boris Johnson ter retirado de votação o acordo entre o Reino Unido e a União Europeia para o Brexit, alcançado na semana passada em Bruxelas.
Na segunda-feira, o Parlamento rejeitou uma moção apresentada pelo Governo britânico para marcar eleições antecipadas sem qualquer data. Os trabalhistas de Jeremy Corbyn recusaram apoiar a moção, exigindo garantias que não seria uma jogada de Boris Johnson para avançar com um Brexit sem acordo.
O primeiro-ministro britânico ficou muito aquém da maioria de dois terços que necessitava para conseguir eleições antecipadas e decidiu apresentar imediatamente após o voto uma moção simples a pedir o apoio para dia 12 de dezembro. Os trabalhistas ainda tentaram que as eleições fossem marcadas antes a 9 de dezembro, mas a moção foi rejeitada pela Câmara dos Comuns que, neste tipo de moção, precisava apenas de uma maioria simples. Apenas 20 deputados votaram contra.
A moção seguirá agora para a Câmara dos Lordes, a câmara alta do Parlamento britânico, onde se espera que seja aprovada sem obstáculos. Caso esta câmara aprove agora a moção, o Parlamento britânico deverá ser dissolvido já na próxima quarta-feira, para uma campanha eleitoral de cinco semanas.
Nos dois dias de debate na Câmara dos Comuns, as principais forças partidárias já se posicionaram para o que deve ser a campanha eleitoral que se avizinha. Os conservadores de Boris Johnson anunciaram que vão fazer campanha pela conclusão do processo do Brexit (“Get Brexit done” tem sido o mote do primeiro-ministro). Os Libeiras-Democratas vão fazer campanha pela revogação do pedido de saída da União Europeia, numa tentativa de chegar aos votos dos trabalhistas de Jeremy Corbyn, cuja posição tem sido mais periclitante, contra todas as propostas de Brexit, mas sem ser contra a decisão do Brexit e sem pedir um novo referendo.
Já o partido do Brexit vai continuar a fazer campanha pela saída da União Europeia sem qualquer acordo prévio. O partido entende que não faz sentido continuar a ter obrigações com a União Europeia, incluindo honrar os compromissos financeiros que o Reino Unido assumiu enquanto parte do bloco, quando já não for membro.
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