Turismo continua a crescer, mas com sinais de abrandamento. Estrangeiros dormem menos noites em Portugal
Em setembro, o número de turistas a visitar Portugal aumentou para 2,9 milhões, mas os estrangeiros passaram menos noites. As receitas com o turismo atingiram os 498,7 milhões de euros.
Depois de um abrandamento do turismo em julho e de uma recuperação em agosto, setembro mostrou que o setor turístico nacional continua em crescimento, embora com alguns sinais de desaceleração. De acordo com os dados do Instituto Nacional de Estatística (INE), os estabelecimentos hoteleiros nacionais receberam 2,9 milhões de hóspedes em setembro, mais 5,2% do que no mesmo mês do ano passado. Para a economia isto refletiu-se em quase 500 milhões de euros em receitas.
Se em setembro do ano passado tinham sido 2,7 milhões de turistas, em setembro deste ano esse número aumentou 5,2%, diz o INE. Os hóspedes estrangeiros levaram a melhor, tendo aumentado 6% para 1,83 milhões, enquanto os residentes no país subiram 3,7% para 1,04 milhões.
Estes números, contudo, mostram uma desaceleração quando comparados com agosto, o mês preferido para passar férias. Nesse mês, o número total de hóspedes tinha subido 6,7%, com destaque para os residentes que tinham aumentado 8,1%.
Mas se o número de hóspedes aumentou face ao ano passado, o tempo que estes passaram em Portugal caiu. De acordo com os dados do INE, a estadia média caiu 1,8% para 2,64 noites, uma quebra que se deveu ao número de noites que os estrangeiros passaram nos estabelecimentos hoteleiros nacionais: caíram 3% para uma média de 2,92 noites.
Chineses vieram em força. Alemães perderam interesse
Embora os hóspedes britânicos continuem a liderar as visitas dos estrangeiros a Portugal, não foram a nacionalidade que mais cresceu: subiram 0,1% para 1,13 milhões de turistas. Aqui, em termos de crescimento, os chineses levaram a melhor com um aumento de 23,8% para um total de 53.450 mil turistas, refere o INE. Atrás aparecem os norte-americanos (21,1% para 322.032 hóspedes) e os brasileiros (14,2% para 291.890 hóspedes).
No lado oposto da tabela estão os alemães, que foram a nacionalidade que mais interesse perdeu: caíram 8,1% para 698.231 hóspedes, à frente dos holandeses (-7,4% para 246.359 hóspedes) e dos suecos (-4,5% para 50.525 hóspedes).
Dormidas no Norte disparam. Madeira continua a perder turistas
Em setembro, registaram-se aumentos das dormidas em todas as regiões do país, com exceção da Região Autónoma da Madeira, onde este indicador caiu 4,1%. Em termos de crescimento, o Norte e a Área Metropolitana de Lisboa (AML) destacaram-se com subidas de 8% e 5,1%, respetivamente. O Algarve, por sua vez, concentrou 33,8% das dormidas totais, à frente da AML (23,9%) e o Norte (14,9%).
No que toca às dormidas de residentes em setembro, estas subiram em todas as regiões, exceto na AML, onde caíram 0,3%. Nas subidas o destaque vai para a Região Autónoma dos Açores (+13,1%), Região Autónoma da Madeira (+8,7%) e Algarve (+7%).
Quanto às dormidas de não residentes, realçaram-se os crescimentos no Norte (+10,5%) e na AML (+6,5%).
Receitas sobem para 498,7 milhões. Mas desaceleram face a agosto
Em setembro, refere o INE, embora os proveitos totais com o turismo tenham aumentado 6,7% face a setembro do ano passado para um total de 498,7 milhões de euros, este indicador mostrou uma desaceleração quando comparado com agosto, mês em que tinham subido 7,3% para 635,5 milhões.
No conjunto dos estabelecimentos de alojamento turístico, em termos de rendimento médio por quarto ocupado bateu-se os 97,5 euros em setembro, o equivalente a um aumento de 3% face ao ano passado.
Já quanto ao rendimento médio dos quartos disponíveis, este indicador situou-se em 66 euros em setembro, o equivalente a um aumento de 1,2% face ao ano passado. Contudo, aqui, observa-se novamente uma desaceleração face a agosto, mês em que este indicador tinha aumentado 1,7% para 84,6 euros.
(Notícia atualizada às 11h40 com mais informação)
Assine o ECO Premium
No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.
De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.
Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.
Comentários ({{ total }})
Turismo continua a crescer, mas com sinais de abrandamento. Estrangeiros dormem menos noites em Portugal
{{ noCommentsLabel }}