Grupo Barraqueiro está a “analisar a oportunidade de concorrer com a CP”
O Grupo Barraqueiro quer conhecer o contrato de serviço público entre o Estado e a CP para decidir se é viável entrar nesses mercados. "É uma oportunidade que estamos a analisar".
O Grupo Barraqueiro está a analisar a oportunidade de concorrer com a CP – Comboios de Portugal, através da liberalização do transporte ferroviário de passageiros. Em entrevista ao Jornal de Negócios (acesso pago) e Antena 1, Luís Cabaço Martins, administrador do grupo, falou ainda sobre o aumento da procura na Fertagus, lamentando que não tenha sido ainda possível encontrar uma solução para o crescimento da frota.
“É uma oportunidade que estamos a analisar”, respondeu Luís Cabaço Martins, quando questionado se o Grupo Barraqueiro vai pedir o acesso à rede ferroviária, concorrendo com a CP em algumas linhas. “Não há nenhuma decisão nessa matéria, e sabemos que há vários operadores atentos, mas é uma oportunidade”, acrescentou.
Contudo, o administrador diz ser necessário conhecer o contrato de serviço público entre o Estado e a CP, dado que “pode haver algumas limitações”. “A liberalização pode ser condicionada pela via de exigência de que qualquer linha nova não pode pôr em causa o equilíbrio económico-financeiro do atual serviço da CP. Teremos de ver quais são as linhas e os serviços que estão libertos dessa limitação para ver se vale a pena”.
Sobre as linhas que poderiam ser mais rentáveis para a Barraqueiro, Cabaço Martins explicou: “A CP tem algumas linhas rentáveis, a maior parte das suburbanas e o longo curso. Teremos de analisar e ver se é viável a entrada num desses mercados. É preciso ver qual é o mercado que temos, o nível de passageiros que podemos ter para que depois possamos tomar uma decisão. É um assunto que está em estudo”.
“Um dos problemas da Fertagus é a falta de comboios”
Outro dos temas da entrevista foi a concessão da Fertagus, que termina no final do ano, havendo já uma proposta de acordo com o Estado entregue ao regulador para resolver, através da extensão do prazo, a questão do equilíbrio financeiro do contrato. “O assunto está fechado (…). Partiu do Estado a iniciativa da renegociação e partiu do Estado o essencial das propostas. Com o Estado temos o assunto fechado“, disse.
Questionado sobre as medidas que a empresa tem levado a cabo para dar resposta ao aumento da procura, Cabaço Martins disse ter avançado com “algumas”. E estão a corresponder? “Sentimos que estamos em alguns horários com necessidades, e sobretudo em algumas estações. Estávamos à espera que isso acontecesse (…). Temos dificuldades em algumas horas e alguns locais”.
“Um dos problemas da Fertagus é a falta de comboios, é a limitação do número de comboios, porque não temos mais. Temos feito várias propostas nesse sentido, mas ainda não foi possível encontrar nenhuma solução de crescimento da frota“, acrescentou.
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