Novos donos da Comporta gastaram 1,5 milhões só em advogados
Consórcio Vanguard/Amorim andou mais de um ano a tentar comprar os ativos imobiliários da Herdade da Comporta, o que se traduziu em altos custos com advogados.
Desde que apareceram os primeiros interessados até à conclusão da operação, o processo de venda dos ativos imobiliários do fundo Herdade da Comporta durou mais de um ano, com vários obstáculos pelo meio. Mas, no mês passado, a escritura foi finalmente assinada. Negócio custou aos novos donos 157,5 milhões de euros mas, devido à morosidade e complexidade do processo, só em advogados e assessores, a despesa também foi bastante elevada.
“O investimento global em advogados e demais assessores terá ultrapassado os 1,5 milhões de euros”, adiantou ao ECO José Cardoso Botelho, CEO da Vanguard Properties, que adquiriu estes ativos, em conjunto com a Amorim Luxury.
Foram cerca de 40 os advogados e assessores envolvidos no processo, desde os escritórios Uría Menendez, Morais Leitão, Vieira de Almeida, CMS, LGPAS, às consultoras KPMG, Cushman & Wakefield, Deloitte, etc. A escritura foi assinada a 14 de novembro, na sede da Deloitte, tendo espalhados por várias salas todos os intervenientes no processo de assinatura, desde compradores, vendedores, um credor e os assessores jurídicos e financeiros.
Um processo complexo, que arrastou durante mais de um ano para o consórcio vencedor. “A complexidade deveu-se a sua combinação de fatores, nomeadamente, a dimensão do projeto imobiliário, situação económica e financeira do fundo de Investimento, interação com a Herdade da Comporta, hipotecas a favor da CGD, zonas de compensação, etc.”, explica José Cardoso Botelho, parceiro de Paula Amorim e do francês Claude Berda.
Mas se até aqui o processo foi complexo, muito mais está por vir, antecipa o CEO da Vanguard Properties. “A fase concluída foi complexa e morosa, quase sempre por factos independentes da nossa vontade. Agora, entramos numa fase essencialmente dependente de nós. Pelo que são fases muito diferentes, sendo certo que o volume de trabalho futuro será muito maior“.
As obras de construção do futuro Terras da Comporta vão arrancar no primeiro trimestre de 2020 e ficarão totalmente concluídas entre oito a 12 anos, adiantou ao ECO. Nos cerca de 1.300 hectares irão nascer vários hotéis, condomínios turísticos, moradias e a primeira academia de golfe do país.
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