Dívida a longo prazo, mais aviões e prejuízos. Os grandes números da TAP

A companhia aérea está no mercado para emitir obrigações, um dia depois de ter apresentado contas ao mercado. O ECO analisou o que mudou na empresa desde a privatização.

A TAP está no mercado para emitir nova dívida, um dia depois de ter apresentado resultados negativos ao mercado. Os prejuízos recuaram à boleia do aumento das receitas, mas foram penalizados pelo câmbio e, corrigidos desse efeito, teria registado um lucro de 61 milhões. É exatamente a exposição da companhia aérea ao Brasil (e à respetiva instabilidade política e volatilidade da moeda) que mais fez desconfiar a agência de rating Standard and Poor’s, que já se pronunciou sobre a empresa.

Privatizada há quatro anos, a companhia aérea é atualmente detida em 50% pela Parpública e em 45% pelo consórcio Atlantic Gateway (dos empresários David Neeleman e Humberto Pedrosa), com os restantes 5% nas mãos dos trabalhadores. Estes são os números do que mudou e que importam na operação:

300 milhões

Este é o montante que a TAP quer emitir em novas obrigações, com um prazo a cinco anos. São 300 milhões de euros a serem colocados apenas junto de investidores institucionais. O ECO sabe que o CEO Antonoaldo Alves está em roadshow e vai apresentar a oferta a investidores esta terça e quarta-feira, em Londres. O objetivo é que a operação esteja fechada, o mais tardar, na quinta-feira.

A Standard & Poor’s foi a primeira agência a avaliar a operação da TAP e classificou-a como investimento especulativo, a três níveis de investment grade. A classificação é idêntica à American Airlines, acima da notação de companhias como a Turkish Airlines, a GOL ou a SAS, e a um notch da Air France (BB). E só empresas como a Lufthansa e a AIG estão em nível de investimento.

786 milhões

Esta operação segue-se a uma colocação semelhante, mas para investidores de retalho em julho e vai aumentar a dívida da empresa, que se situa atualmente 786 milhões de euros. O total de dívida aumentou significativamente face aos 552,2 milhões no final do ano passado e superou até os níveis de 2016, última vez que tinha ultrapassado os 700 milhões de euros. Apesar disso, o peso da dívida, medido pelo rácio dívida líquida face ao EBITDAR (lucros antes de juros, impostos, depreciação, amortizações e custos de reestruturações ou rendas) diminuiu mais de 40% desde 2015.

4 anos

A TAP ainda está a sondar os investidores, mas caso a oferta avance, já sabe os dois objetivos em que vai usar as receitas conseguidas. Além do “pagamento de comissões e despesas relacionadas com a oferta das obrigações”, a operação tem como principal meta a “antecipação do reembolso de determinados empréstimos no âmbito do passivo existente da TAP e extensão do respetivo prazo médio de maturidade”.

Ou seja, a companhia aérea quer diminuir a dependência da banca, a quem deve 651,8 milhões de euros, dos quais 176,3 milhões atingem a maturidade em menos de um ano. Por um lado, os investidores têm menos exigências (nomeadamente no que diz respeito às garantias do Estado) e, por outro, permite alongar a maturidade média da dívida. A emissão de títulos a cinco anos irá ter impacto no prazo médio da dívida, que situa atualmente em quatro anos (contra menos de 24 meses no momento da privatização em 2015).

400 milhões

A estimativa da Standard and Poor’s é que a dívida continue a aumentar este ano e no próximo, em especial devido ao amplo plano de investimento da empresa. A agência antecipa que o CAPEX atinja os 400 milhões de euros ao ano até 2021, em comparação com 130 milhões anuais em 2017 e 2018. A própria empresa admite que está a investir para fazer face ao crescimento, revelando que o número de passageiros transportados subiu 11,1% no terceiro trimestre. Desde a privatização, o número anual de passageiros cresceu 47%.

O número de aviões cresceu em 31 para os atuais 108, nesse período, e vai continuar a aumentar: a empresa tem encomendas para cinco aviões A330neo a serem entregues em 2022, 11 aviões A321neo-LR para 2023 e 32 aviões A320neo/A321neo para 2025. O total de funcionários subiu de sete mil pessoas para 8.937, com a empresa a perspetivar contratar mais mil trabalhadores no próximo ano.

-111 milhões

Passageiros, funcionários e aviões aumentam e impulsionam as receitas, mas não chegam para os lucros. As receitas do grupo ascenderam a 1.052 milhões de euros até setembro, mais 6,1% face a igual período do ano anterior. No entanto, a TAP teve um prejuízo acumulado de 111 milhões de euros no período, “essencialmente devido a variações cambiais sem impacto na tesouraria”, como justificou. Nem tudo é mau. O resultado operacional consolidado do Grupo TAP (EBIT) foi de 129 milhões de euros no terceiro trimestre de 2019, equivalente a 12,2% das receitas, em linha com outras empresas congéneres da Europa.

30 milhões

Enquanto o negócio parece correr bem à TAP, há vários fatores que influenciam, com a sazonalidade do negócio à cabeça, seguida da volatilidade associada ao facto de 25% das receitas virem do Brasil. Além disso, há o combustível. No final de 2018, a TAP começou a fazer hedging para se proteger contra as flutuações dos preços do jet fuel, tendo contratado cobertura de 50% da estimativa de gastos deste ano. Para 2020, já fez o mesmo, e a um custo cerca de 4% inferior ao do ano anterior, o que equivale a uma poupança estimada de 30 milhões de euros no próximo ano.

A empresa alerta, no entanto, os investidores que “pode não ser suficiente para cobrir totalmente aumentos nos preços dos combustíveis e pode não ser possível ajustar os preços ou serviços atempadamente“. Somam-se ainda, a dependência da Petrogal, maior fornecedora deste combustível em Portugal, bem como a dúvida em relação à isenção de impostos para o jet fuel na Europa. “A eliminação ou redução das atuais isenções na UE iria gerar um aumento substancial dos custos, o que se materializaria em efeitos adversos para o negócio, as condições financeiras e/ou os resultados operacionais”, acrescenta.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Benfica lança OPA para ficar com a SAD. Paga 5 euros por ação

O clube lançou uma oferta pública de aquisição parcial para comprar 28,06% do capital da SAD que ainda não detém. Operação totaliza os 32,3 milhões de euros.

O Sport Lisboa e Benfica quer ficar com a totalidade do capital da SAD e lançou uma Oferta Pública de Aquisição (OPA) parcial, em que oferece cinco euros por ação. O clube, que detém atualmente 66,9%, pretende adquirir o equivalente a 28,06% do capital da SAD. A operação totaliza 32,3 milhões de euros.

“A oferta é parcial e voluntária e tem por objeto até 6.455.434 ações, nominativas e escriturais da categoria B, que são ordinárias, com o valor nominal unitário de 5 euros, representativas de 28,0671% do capital social da sociedade visada”, entre as quais não se encontram incluídas ações já detidas pelo Benfica, anunciou o clube, em comunicado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM).

O montante oferecido aos atuais acionistas representa um prémio superior a 81% face à cotação de fecho das ações (2,76 euros) esta segunda-feira, na bolsa de Lisboa.

Benfica oferece prémio de 81%

Mas há uma razão para o valor avultado: o clube quer compensar os acionistas que compraram no IPO, em 2001, apesar da desvalorização para quase metade do valor dos títulos.

“O preço oferecido por ação visa assegurar que os acionistas que adquiriram as suas ações na sociedade visada no decurso da oferta pública de distribuição realizada em 2001 possam vender as ações de que são titulares a um preço semelhante ao preço nominal a que as mesmas foram então subscritas (1.000 escudos, ou seja, 4,99 euros)”, explica.

Caso a operação seja concluída com sucesso, o capital da SAD que não é controlado pelo Benfica passará a ser cerca de 5%, sendo que acrescem ainda 3,28% detidos pelo presidente Luís Filipe Vieira, cujos direitos são imputados ao clube. Este e os outros seis acionistas que pertencem a órgãos sociais do clube (com um total de 0,0067%) não poderão entrar na operação pelo que a proposta é que a venda desta restante parte do capital seja feita no fim dos respeitos mandatos.

Apesar de querer ficar com a totalidade do capital, o clube diz que não quer fazer outras alterações e afasta a hipótese de sair da bolsa de Lisboa.

“É intenção do oferente dar continuidade à atividade empresarial da sociedade visava, enquanto sociedade aberta ao investimento do público sob o domínio exclusivo do Sport Lisboa e Benfica e com as ações representativas do seu capital social admitidas à negociação no mercado regulamentado Euronext, mantendo a sua equipa de gestão e prosseguindo a estratégia definida para a sociedade visada”, acrescentou o clube.

Após o anúncio preliminar publicado esta segunda-feira, o Sport Lisboa e Benfica espera agora o registo pela CMVM. O intermediário financeiro desta operação é o Haitong Bank.

(Notícia atualizada às 00h03)

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Governo compromete-se a analisar salários na CP

  • Lusa
  • 18 Novembro 2019

Uma delegação de sindicatos esteve esta segunda-feira reunida, em Lisboa, com o ministro das Infraestruturas e da Habitação, Pedro Nuno Santos, após um pedido remetido à tutela.

Os sindicatos dos ferroviários da CP voltaram a mostrar-se esta segunda-feira insatisfeitos com os salários praticados na empresa, apelando à valorização do setor e admitindo a hipótese de avançarem com formas de luta na ausência de respostas às reivindicações.

Uma delegação de sindicatos esteve esta segunda-feira reunida, em Lisboa, com o ministro das Infraestruturas e da Habitação, Pedro Nuno Santos, após um pedido remetido à tutela, que se comprometeu, segundo os sindicatos, a analisar o processo.

“Na sequência do processo negocial da CP, da revisão do acordo da empresa e da regulamentação das carreiras e face a um bloqueio que se verificou nas últimas reuniões, solicitámos uma reunião ao senhor ministro”, afirmou o coordenador da Federação de Sindicatos de Transportes e Comunicações (Fectrans) aos jornalistas, no final do encontro.

De acordo com José Manuel Oliveira, o encontro teve o intuito de demonstrar ao Governo que as medidas que estão a ser levadas a cabo para valorizar o setor só terão efeito se o “trabalho for também valorizado”. Para o sindicalista, é necessário valorizar a remuneração destes trabalhadores, sobretudo, tendo em conta a subida do salário mínimo na última década.

De 2009 até ao momento, o salário mínimo nacional teve um aumento de 185 euros e os trabalhadores da CP tiveram um aumento de 36 euros. Não faz sentido que o salário mínimo nacional cresça e nivele todos os outros salários por esse valor”, vincou.

Segundo o coordenador da Fectrans, a reunião, que durou cerca de duas horas, terminou com o compromisso do Governo de analisar as questões levantadas pelos sindicatos e de “retomar o processo num contexto que possibilite uma evolução rápida da negociação”.

Sindicatos e Governo voltam a sentar-se à mesa no dia 28 de novembro. “Vamos ver se na próxima reunião há alguma evolução. O ministro foi rápido a responder [ao pedido inicial de reunião], o que pode ser entendido com alguma vontade de resolver o problema, mas agora precisamos de dados concretos”, concluiu José Manuel Oliveira, não excluindo a possibilidade de os trabalhadores avançarem com formas de luta, que não especificou, na ausência de respostas que valorizem o setor.

Na semana passada, mais de 10 organizações sindicais emitiram uma declaração conjunta, publicada na página na internet da Fectrans, relativamente ao processo de negociação com a CP – Comboios de Portugal, na qual classificavam as propostas de atualização salarial, apresentadas pela administração da empresa, como insuficientes e “geradoras de distorções entre as diversas categorias profissionais”.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Apaziguar das tensões entre EUA e China dá ganhos tímidos a Wall Street

"Os investidores estão a ser pacientes porque não querem correr atrás de máximos de sempre até terem clarificações na frente comercial", explicou Michael O’Rourke, da JonesTrading.

Wall Street parece confiar que no apaziguar da guerra comercial entre EUA e China. Após um início de sessão penalizado por declarações de Beijing que indicavam pessimismo nas negociações entre as duas maiores economias do mundo, Washington deu um novo incentivo ao otimismo dos investidores e as principais praças fecharam no verde.

O índice industrial Dow Jones subiu 0,11% para 28.036,22 pontos, enquanto o financeiro S&P 500 avançou 0,05% para 3.122,03 pontos e o tecnológico Nasdaq somou 0,11% para 8.549,94 pontos.

“Dizem-nos que há um acordo, mas ainda não foi finalizado e depois há notícias em outras direções”, descreveu Michael O’Rourke, chief market strategist da JonesTrading, à Reuters, sobre a situação atual. “Os investidores estão a ser pacientes porque não querem correr atrás de máximos de sempre até terem clarificações na frente comercial“, sublinhou.

O dia foi de notícias contrárias. O departamento do Comércio dos Estados Unidos anunciou o alargamento, por mais três meses, da autorização para as empresas norte-americanas venderem equipamentos ao grupo de telecomunicações chinês Huawei.

Este foi o terceiro adiamento concedido desde maio, quando a administração norte-americana decidiu colocar a Huawei numa lista negra de entidades proibidas de fazerem negócios com empresas dos Estados Unidos, alegando motivos de “segurança nacional” e acusando o grupo de trabalhar com as autoridades de Pequim.

O anúncio deu novo ânimo, que tinha sido interrompido por outra notícia que indicava um possível agravamento das tensões. A CNBC noticiou ao início da tarde que o Governo chinês estará pessimista em relação à posição do presidente norte-americano Donald Trump.

Trump não estará disposto a recuar nas tarifas aduaneiras já impostas à China, apesar do acordo de princípio alcançado pelas duas potências. A estratégia de Beijing será agora esperar pelo resultado do impeachment à presidência de Trump ou mesmo até às próximas eleições no país, no final do próximo ano.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Procura supera oferta na emissão de obrigações da José de Mello Saúde

  • Lusa
  • 18 Novembro 2019

Novas obrigações da dona dos hospitais CUF têm vencimento previsto a 22 de janeiro de 2027 e uma taxa de juro variável correspondente à Euribor a seis meses acrescida de uma margem de 3,875% ao ano.

A José de Mello Saúde anunciou esta segunda-feira que “a procura superou a oferta” na emissão de obrigações destinada a investidores qualificados, lançada na terça-feira, com o valor de 50 milhões de euros, segundo comunicado à CMVM.

“A José de Mello Saúde, S.A. informa que foram hoje apurados os resultados da oferta particular de subscrição de obrigações com o valor nominal unitário de 10.000 euros e montante nominal total mínimo de 30.000.000 euros e máximo de 50.000.000 euros dirigida apenas a investidores qualificados, lançada em 12 de novembro de 2019”, lê-se no comunicado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM).

Segundo o documento, “a procura superou a oferta, pelo que o montante nominal total da emissão foi fixado em 50.000.000 euros”.

As novas obrigações têm vencimento previsto para 22 de janeiro de 2027 e uma taxa de juro variável correspondente à Euribor a seis meses acrescida de uma margem de 3,875% ao ano, indica a empresa.

A José de Mello Saúde informa ainda que “serão amortizadas e canceladas, de acordo com a lei e os termos e condições aplicáveis, 3.567 obrigações no montante nominal total de 35.670.000 euros, representativas do empréstimo obrigacionista denominado ‘José de Mello Saúde 2015/2021’, por si adquiridas no âmbito da subscrição em espécie das novas obrigações”.

Assim, continua, este empréstimo obrigacionista “passa agora a ter o montante nominal total de 14.330.000 euros“.

“Com esta operação, na qual o Banco Invest, S.A. e o Haitong Bank, S.A. atuam como Joint Lead Managers e Bookrunners e o Banco BIC Português, S.A. atua como Co-Lead Manager, a José de Mello Saúde, S.A. prossegue a sua estratégia financeira com foco na redução de risco de refinanciamento, tirando partido das condições atuais de mercado para alargar a maturidade média da sua dívida”, conclui a empresa, dona dos hospitais CUF.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Pinto Luz diz que “não se resigna” a disputar “campeonato dos pequeninos”

  • Lusa
  • 18 Novembro 2019

Candidato à liderança social-democrata diz não se resignar a um partido que disputa o “campeonato dos pequeninos” ou é “uma segunda escolha do PS””, pedindo a “quem não gosta deste PSD” que se afaste.

O candidato à liderança social-democrata Miguel Pinto Luz afirmou esta segunda-feira não se resignar a um partido que disputa o “campeonato dos pequeninos” ou é “uma segunda escolha do PS”, pedindo a “quem não gosta deste PSD” que se afaste. Na apresentação da sua candidatura à liderança, em Lisboa, o vice-presidente da Câmara de Cascais disse ter a ambição de vencer as eleições diretas de 11 de janeiro para “ganhar as próximas autárquicas e, naturalmente, reconquistar a confiança dos portugueses para liderar o governo” do país.

Sem nunca mencionar o nome do atual presidente do partido, Rui Rio, Pinto Luz lamentou que haja “quem só gosta de uma parte do PSD”.

“Eu não sei o que é gostar a 50%, ou a 70% ou a 80%. Ou se gosta do PSD ou não se gosta do PSD! E quando se gosta do PSD, não se diminui o partido, concelhia a concelhia, distrital a distrital, apenas para se ter o partido que se quer. Quem não gosta deste PSD, dê lugar a quem goste e queira lutar por Portugal”, apelou.

O antigo líder da distrital de Lisboa confessou estar preocupado com o estado atual do PSD, garantindo estar “entre aqueles que não se resignam perante um PSD destituído de ambição, um PSD que apenas disputa lugares intermédios da primeira liga da política”.

O candidato admitiu que a sua preocupação aumentou depois das legislativas de 6 de outubro: “Desde as legislativas de 2002, o PSD tem ficado abaixo dos 40%. Em 17 anos, baixámos mais de 12 pontos percentuais. No mês passado, nem 28% obtivemos”, lamentou, considerando que essa perda de influência eleitoral se deve à perda de influência na sociedade.

“O PSD será a nova escolha dos portugueses, e nunca por nunca a segunda escolha do PS. A tarefa que me proponho é liderar uma oposição de confiança capaz de conduzir o PSD novamente ao governo de Portugal”, afirmou.

Dos antigos líderes do partido, o candidato destacou apenas três: os antigos primeiros-ministros Francisco Sá Carneiro, Aníbal Cavaco Silva e Pedro Passos Coelho.

“Não discuto idades, nem gerações dos protagonistas, um partido não é feito só de mais novos ou de mais velhos, é feito com todos, não pode é ser feito sempre com os mesmos, com os mesmos rostos”, afirmou.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

TAP quer contratar mil pessoas no próximo ano

Apesar dos prejuízos, a companhia aérea quer fazer face ao crescimento com reforço da equipa e da frota. Há cinco dezenas de aviões a serem entregues nos próximos anos.

A TAP está a contratar e espera reforçar a equipa em mil pessoas até ao final do próximo ano. Numa apresentação enviada esta segunda-feira ao mercado, a companhia aérea explica que vai aumentar o número de contratações. Só em pilotos, espera crescer com 140 novos funcionários, face aos atuais 1.345.

“Somos um dos maiores empregadores nacionais em Portugal”, começa por dizer a TAP. “A 30 de setembro de 2019, o grupo TAP tinha uma força de trabalho agregada e ativa de 10.844 funcionários, incluindo 8.937 funcionários da TAP“. O total representa um aumento de 10% em relação aos 8.145 trabalhadores no final do ano passado.

Mas a empresa não quer ficar por aí. “Temos reforçado a nossa estrutura com novas contratações para responder ao nosso crescimento”, explica. Em 2018, a TAP contratou mais de 300 pilotos e 1.000 assistentes de bordo. Desde o início do ano, foram mais 816 trabalhadores. “Esperamos contratar mais de mil pessoas em 2020, dos quais 140 serão pilotos“, continua.

“Esta estratégia de recrutamento reflete o nosso crescimento, com aumento da frota e lançamento de novas rotas”, refere a TAP. Os dados da apresentação indicam que a empresa — que teve prejuízos de 111 milhões de euros entre janeiro e setembro — aumentou a frota em 31 aviões para um total de 108, bem como o número de passageiros em 47%.

Também neste campo são esperados reforços. “A 30 de setembro de 2019, tínhamos ordens referentes a cinco aviões A330neo a serem entregues em 2022, 11 aviões A321neo-LR a serem entregues em 2023 e 32 aviões A320neo/A321neo a serem entregues em 2025″, acrescenta a TAP.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Produção automóvel continua a acelerar. Cresceu 14,7% em outubro

Nos primeiros dez meses do ano, saíram mais de 290 mil carros das fábricas portuguesas, o que se traduz num crescimento de 17,2% face ao mesmo período do ano anterior.

A produção automóvel em Portugal ainda não tirou o pé do acelerador. Em outubro aumentou 14,7%, de acordo com os dados da Associação do Comércio Automóvel de Portugal (ACAP). O crescimento deveu-se aos ligeiros de passageiros, cuja produção aumentou 33,5% no mês passado.

Foram produzidos em território nacional 31.839 veículos automóveis. Os ligeiros de passageiros são a rubrica com mais peso, contribuindo com 25.718 unidades. Por outro lado, no mercado dos veículos comerciais ligeiros e pesados registou-se uma quebra na produção: 28,5% e 19,9%, respetivamente.

No acumulado do ano, o balanço da produção automóvel também é positivo, sendo que se registou um crescimento de 17% nos primeiros dez meses. Até outubro, já foram produzidas 290.227 unidades nas fábricas em solo nacional, 236.778 das quais são ligeiros de passageiros.

A grande maioria dos carros produzidos teve como destino o mercado externo, nomeadamente países europeus. Quase um quarto dos carros foram exportados para a Alemanha, 15,3% tiveram como destino França, e 13,2% foram para Itália. No ranking inclui-se também a vizinha Espanha, para onde foram vendidos 10,9% dos automóveis.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Número de pré-avisos de greve até outubro é o mais alto dos últimos quatro anos

  • Lusa
  • 18 Novembro 2019

O número de pré-avisos de greve até outubro foi o mais alto dos últimos quatro anos, totalizando 781.

O número de pré-avisos de greve até outubro foi o mais alto dos últimos quatro anos, totalizando 781, segundo dados da Direção Geral do Emprego e das Relações do Trabalho (DGERT).

Entre janeiro e outubro deste ano entraram no Ministério do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social 781 pré-avisos de greve, um número que supera o total do registado no conjunto dos anos de 2018 (733), de 2017 (613) e de 2016 (488).

No mês das eleições legislativas, realizadas em 06 de outubro, o número de pré-avisos de greve atingiu 93, contra 83 no mesmo mês do ano anterior, sendo o mais alto desde 2012, ano em que o mês de outubro registou 464 pré-avisos.

É preciso recuar a 2015 para encontrar um número mais elevado de pré-avisos de greve comunicados (811) do que o registado entre janeiro e outubro de 2019.

Porém, os números estão longe do verificado em 2012 e 2013, durante o governo de Pedro Passos Coelho, em pleno programa de ajustamento, quando atingiram 1.895 e 1.534, respetivamente.

Do total de greves comunicadas até outubro deste ano, a maioria (605) ocorreu fora do âmbito do setor empresarial do Estado.

O mês mais “quente” foi junho, com um total de 180 pré-avisos comunicados, seguindo-se março (113) e outubro (93).

Já os meses em que houve menos greves foram setembro (23) e agosto (22).

Até outubro, foram abertos 179 processos de serviços mínimos, tendo sido decretados 81 por acordo, 26 por decisão arbitral e 72 por despacho.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Sabe o que aconteceu nos mercados na 2ª feira? Veja o vídeo

  • ECO + DIF
  • 18 Novembro 2019

Dos índices europeus aos americanos, das matérias-primas ao cambial, saiba o que está a acontecer nos mercados. Veja o vídeo dos destaques do dia, por Bernardo Barcelos, analista da DIF Broker.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

TAP com prejuízo de 111 milhões até setembro. Receitas sobem, mas câmbio penaliza

As receitas consolidadas do grupo ascenderam a 1.052 milhões de euros, no terceiro trimestre de 2019, equivalente a um aumento de 6,1% face ao período homólogo.

A TAP encerrou os nove primeiros meses do ano com prejuízos, que ascenderam a 111 milhões, com a companhia aérea liderada por Antonoaldo Neves a justificar esse desempenho com “variações cambiais”. O resultado alcançado pela TAP nos nove primeiros meses do ano representa um desagravamento face aos 120 milhões de prejuízos acumulados até junho.

“A TAP apurou um prejuízo acumulado, nos primeiros nove meses do ano, de 111 milhões essencialmente devido a variações cambiais sem impacto na tesouraria”, diz a companhia em comunicado enviado ao mercado nesta segunda-feira.

“Excluindo esta variação cambial, o lucro líquido consolidado do grupo TAP, no terceiro trimestre de 2019, foi de 61 milhões de euros positivos, compensando em mais 50% o prejuízo gerado no primeiro semestre de 2019”, diz ainda a empresa.

No que respeita ao terceiro trimestre, em particular, a TAP dá conta de receitas de 1.052 milhões de euros, equivalente a um aumento de 6,1% quando comparado com o mesmo período do ano passado. Esta evolução terá sido suportada “pelo crescimento do mercado norte americano e pela recuperação do Brasil“.

Já o resultado operacional consolidado do grupo (EBIT) foi de 129 milhões de euros no terceiro trimestre de 2019, equivalente a 12,2% das receitas. O EBIT subiu assim 16,5% face ao mesmo trimestre de 2018, “refletindo a melhoria da evolução das receitas e a redução de 7% no CASK (custo operacional unitário por assento-quilómetro), beneficiando da entrada ao serviço dos novos NEO e do Airbus A321LR, bem como das iniciativas de ganhos de eficiência e redução de custos”.

(Notícia atualizada às 18h45 com mais informação)

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Zurich quer crescer 14% no lucro operacional até 2022

  • ECO Seguros
  • 18 Novembro 2019

Serviços inteligentes para proteção comercial e residencial, programas de saúde e bem-estar e seguro de viagem que mantém os clientes fora de perigo, são instrumentos para crescer nos próximos anos.

Alcançar um lucro operacional após impostos, nos próximos três anos, superior a 14% sobre ativo líquido, é um dos objetivos da Zurich. No recente “investor day” a seguradora anunciou objetivos financeiros ambiciosos para o período entre 2020-2022.

Entre os objetivos está também um crescimento no lucro por ação de, pelo menos, 5% ao ano durante o mesmo período. O plano pretende manter inalterada a política de dividendos, tendo como meta um índice de pagamento de cerca de 75% do lucro líquido atribuível aos acionistas, refletindo o desenvolvimento sustentável dos lucros.

Marco Greco, CEO da Zurich: “A estratégia tem funcionado. O rápido crescimento reflete-se num retorno total para os acionistas de 96% desde o início de 2016”.

Marco Greco, CEO do grupo, afirmou que o desempenho nos últimos três anos mostra a estratégia “tem funcionado”. O rápido crescimento “reflete-se num retorno total para os acionistas de 96% desde o início de 2016. A Zurich está mais ágil e eficiente e fortalecemos as bases para o nosso sucesso a longo prazo”, disse.

“Aprofundámos o nosso foco no cliente e no envolvimento dos colaboradores, auscultando as suas necessidades através de inquéritos regulares e personalizados. Capacitamos os colaboradores para promover mudanças e conferimos à nossa geração mais jovem uma voz mais forte na formação de nossa cultura e programas inovadores, como o Zurich Innovation Championship para startups. A satisfação dos colaboradores aumentou nos últimos três anos”, referiu o CEO.

Numa informação disponibilizada no seu site a Zurich afirma que o setor de seguros está a passar por uma grande transformação e a companhia se está a preparar um futuro focado em serviços. Depois de simplificar suas operações, o Grupo mudará seu foco e investimentos para aplicações e produtos que melhorarão a experiência do cliente.

Entre as novas ofertas que a Zurich propõe estão serviços inteligentes para proteção comercial e residencial, programas de saúde e bem-estar e seguro de viagem que mantém os clientes fora de perigo.

As informações de dados estão a ajudar cada vez mais a Zurich “a identificar as necessidades dos clientes e a evitar incidentes, expandindo a proteção tradicional oferecida pelo seguro”.

O grupo Zurich é uma das seguradoras líder que opera em mercados globais e locais. Fundado em 1872, o grupo Zurich tem sede na cidade com o mesmo nome, na Suíça, e conta com cerca de 55 mil colaboradores, oferecendo uma ampla gama de seguros e serviços Vida e Não-Vida.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.