País em duodécimos seria uma “irresponsabilidade”. “Ninguém está aqui para deitar a toalha ao chão”, diz Catarina Martins

Catarina Martins diz que o OE, como está, não tem condições para ser viabilizado pelo BE. Questionada sobre se admite um país em duodécimos, líder bloquista diz que seria uma "irresponsabilidade".

O Bloco de Esquerda (BE) ainda não tem fechada a votação da proposta de Orçamento do Estado para 2021, mas Catarina Martins diz que, como está, o documento “não tem condições para ser viabilizado” pelo partido. Líder bloquista afasta, contudo, a ideia de que o país possa chegar ao próximo ano em duodécimos, o que seria uma “irresponsabilidade”. “Ninguém está aqui para deitar a toalha ao chão”, atira, em entrevista à Rádio Observador.

“Espero que o primeiro-ministro não queira um país em duodécimos”, diz Catarina Martins, numa altura em que o Governo tenta chegar a um acordo com os parceiros da esquerda que possa viabilizar a proposta de OE 2021. O “BE tem estado a defender soluções para o país. Mesmo quando o Governo recusa as propostas apresentadas, o BE tem apresentado contrapropostas“, nota. E critica que “em vez de se enfrentar os problemas, há a chantagem da crise politica”.

Catarina Martins diz estar “muito concentrada em ter um OE que responda aos problemas” que o país atravessa, no meio de uma crise pandémica. Questionada sobre se seria melhor este OE ou um país em duodécimos, a líder bloquista afasta esse cenário, defendendo que é preciso continuar a trabalhar no sentido de se chegar a um documento que responda às necessidades do país.

“A proposta, tal como está, é má”, diz. Questionada se seria melhor duodécimos, em resultado de um chumbo da proposta do Governo, Catarina Martins diz que o que é “preferível é sermos sérios. E trabalhar para ter um OE que responda aos problemas do país”. Acrescenta que entrar em 2021 com duodécimos seria uma “irresponsabilidade”. “Estamos a viver uma das maiores crises de sempre. Ninguém está aqui para deitar a toalha ao chão”, rematou.

(Notícia atualizada às 10h26 com mais informação)

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Já há 46 hotéis e alojamentos locais com camas para estudantes. Metade são em Lisboa

De norte a sul do país há cerca de meia centena de hotéis e alojamentos locais (incluindo guest houses e hostels) com camas para estudantes, com preços tabelados para alunos bolseiros.

Tal como o Governo queria, já começa a ser reforçada a oferta de camas para estudantes através dos operadores hoteleiros e de alojamento local. De acordo com informação do Ministério da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior (MCTES), já se contam 46 hotéis e unidades de alojamento local (incluindo hostels) que disponibilizam camas para bolseiros e não bolseiros. Metade destes alojamentos está em Lisboa.

Embora em menor número, nem os hotéis ficaram de fora desta iniciativa. Por enquanto são 11 as unidades hoteleiras que vão receber estudantes com preços tabelados (para o caso de alunos bolseiros), podendo ser cobrados valores diferentes — por acordos diretos — com alunos não bolseiros.

A oferta de hotéis atual é a seguinte: In Gold Hotel & SpaIn Gold Hotel & Spa (Águeda), Hotel Aveiro Center, Hotel Nordeste Shalom (Bragança), The 7 Hotel (Lisboa), Turim Luxe Hotel (Lisboa), Casa de São Mamede Hotel (Lisboa), Hotel Cruz da Mata (Mangualde), Hotel Vila Esteves (Monção), Hotel Mansão Alto Alentejo (Portalegre), Hotel Star inn Porto e Hotel Quasar (São Mamede de Infesta).

Já no caso do alojamento local, que incluem guest houses e hostels, a lista, que vai sendo atualizada, conta atualmente com 35 unidades. Deste universo, 23 são na zona de Lisboa, que concentra 50% da oferta atual.

O ECO questionou o MCTES para saber o número exato de camas que estes alojamentos estão a oferecer, mas até ao momento de publicação deste artigo não obteve qualquer resposta. Contudo, os números mais recentes adiantados pelo Ministério de Manuel Heitor dão conta de que a oferta privada foi reforçada com cerca de 2.400 camas — contando com as Pousadas da Juventude –, perfazendo um total de mais de 18 mil camas.

Tanto hotéis como alojamentos locais são obrigados a cobrar as rendas de acordo com os valores máximos estipulados pelo Governo — Lisboa, Cascais e Oeiras (285,23 euros), Porto, Amadora, Almada, Odivelas, Matosinhos (263,29 euros), Funchal, Portimão, Vila Nova de Gaia, Barreiro, Faro, Setúbal, Maia, Coimbra, Aveiro, Braga (241,35 euros) e 219,41 euros nos demais concelhos. Contudo, no caso de estudantes não bolseiros, não existe limite.

No caso do alojamento local, os proprietários podem pedir aos estudantes três meses adiantados de renda, um adiantamento que, segundo o site do MCTES, será facultado ao estudante mediante requerimento aos Serviços de Ação Social (SAS) da respetiva instituição universitária.

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Principal impacto económico da Fórmula 1 em Portugal resulta da cobertura mediática, diz AHETA

  • Lusa
  • 20 Outubro 2020

Elidérico Viegas reconheceu que o impacto direto, calculado através da ocupação das unidades hoteleiras nas imediações no circuito está “muito aquém do que seria normal”.

O principal impacto económico do Grande Prémio de Portugal em Fórmula 1 no Algarve vai resultar da cobertura mediática e da continuidade da prova na região, defendeu esta terça-feira o líder da maior associação hoteleira da região.

O Autódromo Internacional do Algarve (AIA), em Portimão, vai acolher no domingo a 12.ª prova do Mundial de Fórmula 1, mas o presidente da Associação de Hotéis e Empreendimentos Turísticos do Algarve (AHETA) considera necessário “garantir, em termos de futuro a continuidade do evento”, já que, além dos fluxos turísticos que gera, tem “um peso mediático enorme”.

“O principal impacto [económico] tem a ver com a cobertura mediática internacional e o seu contributo para a promoção e divulgação do Algarve internacionalmente, o que é um impacto francamente positivo”, considerou Elidérico Viegas, em declarações à agência Lusa.

O responsável reconheceu que o impacto direto, calculado através da ocupação das unidades hoteleiras nas imediações no circuito, casos da Praia da Rocha e do Alvor, está “muito aquém do que seria normal”.

“Há hotéis [nessa zona] com boas expectativas de ocupação. Não são muito elevadas, já não eram, e ainda menos agora com o agravamento da pandemia”, referiu Elidérico Viegas, sublinhando que o evento vai atrair, sobretudo, espetadores nacionais, devido às restrições nos países de origem de potenciais espetadores e à lotação do autódromo estar “muito reduzida”.

Elidérico Viegas reconheceu que os hotéis vão beneficiar das estadas dos portugueses, “apesar de curtas”, e das “pessoas que gravitam à volta do evento”, que envolve “bastante gente”, havendo hotéis “que vão encerrar imediatamente a seguir” à prova. No domingo, o administrador do AIA admitiu que o limite máximo para a corrida deve rondar os 27.500 espetadores, cerca de um terço da capacidade do recinto.

Em meados de setembro, Paulo Pinheiro estimava que a vinda da Fórmula 1 a Portugal poderia representar um impacto direto na economia da região algarvia superior a 100 milhões de euros.

Inicialmente, foram colocados à venda cerca de 46.000 bilhetes, mas as restrições poderão impossibilitar a existência de lugares de peão, e eventual distribuição pelas bancadas. Paulo Pinheiro admitiu ainda a existência de “várias desistências” de estrangeiros, “que, ou não conseguiram viagem, ou estão com receio” de assistir à corrida.

O Mundial de Fórmula 1 regressa a Portugal 24 anos depois, desta vez ao circuito algarvio, que vai acolher o Grande Prémio de Portugal entre sexta-feira e domingo, dia da 12.ª corrida da temporada.

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É um hambúrguer ou um disco? Rótulos dos produtos vegetarianos vão a votos na UE

Numa altura em que as alternativas à carne ganham cada vez mais popularidade, o uso de palavras como hambúrguer e salsichas pode ser alvo de restrições na União Europeia.

“Discos” e “tubos” vegetais poderão estar à venda nas prateleiras europeias no futuro, em vez de hambúrgueres e salsichas veggie. Isto porque vai a votos uma proposta que tem em vista impedir os produtores de alternativas vegetarianas à carne de usar palavras mais tradicionais nos rótulos das embalagens.

O Parlamento Europeu vai votar esta semana uma alteração que limita o uso de palavras como “hambúrguer” ou “salsicha” exclusivamente para rótulos de carne real, de acordo com a Bloomberg (acesso condicionado, conteúdo em inglês). Outra proposta em cima da mesa exige uma restrição maior do uso de termos como “cremoso” ou “estilo iogurte” em produtos sem laticínios.

Esta votação acontece numa altura em que as alternativas à carne e laticínios ganham cada vez mais popularidade. De um lado, os produtores de carne argumentam que os produtos à base de plantas com rótulos que parecem tradicionais enganam os consumidores, levando-os a pensar que os substitutos são iguais aos reais.

Do outro lado, os fabricantes de alternativas vegetarianas como a Unilever, Beyond Meat e Oatly dizem que as propostas que vão a votos prejudicam o desenvolvimento de alimentos alternativos e confundiriam os consumidores. Se as propostas forem aprovadas, poderão levar a expressões fora do habitual nos rótulos, como “discos sem carne” e “tubos à base de plantas”, aponta Elena Walden, gerente de políticas do Good Food Institute, à publicação.

Um conjunto de atores do setor de produtos de origem vegetal em Portugal também decidiu assinar uma carta para os membros do Parlamento Europeu, a apelar à rejeição das propostas, que dizem que “teriam impacto negativo direto sobre uma indústria em crescimento e sobre inúmeras empresas no setor”, de acordo com a missiva consultada pelo ECO.

(Notícia atualizada às 10h45 com mais informações)

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UE emite 17 mil milhões de euros em dívida conjunta para o SURE. Procura recorde é 14 vezes superior

  • ECO
  • 20 Outubro 2020

Emissão servirá para conceder aos países europeus financiamento para os ajudar a suportar os custos com as medidas de apoio ao emprego no meio da crise pandémica.

A União Europeia já arrancou com a emissão de dívida conjunta. Não só a operação é histórica por ser a primeira deste género como está a captar interesse recorde. A colocação de obrigações — que vão servir para conceder aos países europeus de forma a ajudá-los a suportar os custos com as medidas de apoio ao emprego no meio da crise pandémica — a 10 e 20 anos totalizou 17 mil milhões de euros e atraiu uma procura 14 vezes superior, segundo disseram fontes bancárias à Reuters.

A procurou total na emissão de dívida atingiu mais de 233 mil milhões de euros. No que diz respeito à emissão de 10 mil milhões a 10 anos, atraiu 145 mil milhões de euros, o que representa o nível mais elevado de procura alguma vez registada numa oferta de obrigações na Europa, de acordo com dados compilados pela Reuters. No caso da dívida a 20 anos, a colocação foi de sete mil milhões, mas os investidores estavam dispostos a comprar 88 mil milhões.

Esta emissão deverá contar com juros negativos. A Comissão Europeia irá apenas divulgar os dados finais da emissão esta quarta-feira, mas dados provisórios a que a Reuters teve acesso apontam para um uma yield de -0,238% nos títulos a 10 anos e de 0,131% a 20 anos.

A referência que existe, atualmente, para emissões de dívida conjunta da UE é a de emissões realizadas para emprestar dinheiro à Irlanda e Portugal nos programas de resgate da crise das dívidas europeias, apontando esses títulos para taxas em torno de -0,24%. O custo final da emissão será passado para os países que solicitaram estes empréstimos do SURE.

 

O Financial Times noticiou esta terça-feira que a Comissão Europeia tinha contratado um sindicato de bancos para avançarem com a emissão. Barclays, BNP Paribas, Deutsche Bank, Nomura e UniCredit foram os bancos selecionados para esta operação de financiamento nos mercados.

 

A UE optou por emitir social bonds, um tipo de obrigações especialmente desenhadas para financiar projetos com benefícios para a sociedade, o que terá sido um dos fatores chave para captar o interesse dos investidores. Até final de 2021, a instituição europeia irá emitir até 100 mil milhões de euros em social bonds para financiar o SURE, tornando-se o maior emitente deste tipo de títulos.

O dinheiro do SURE servirá para apoiar os países europeus face ao aumento da despesa pública registado desde fevereiro em resultado do lançamento de mecanismos extraordinários como o português lay-off simplificado, que tem ajudado os empregadores a pagar salários e a manter os postos de trabalho.

Portugal deverá receber 5,9 mil milhões de euros ao abrigo deste programa, ao qual aderiram outros 15 Estados-membros. No total, estão em causa apoios no valor de 87,4 mil milhões de euros no âmbito do SURE.

(Notícia atualizada às 19h20)

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Como é que se acaba com a desigualdade? Com impostos

  • ECO
  • 20 Outubro 2020

Piketty defende o agravamento da tributação sobre o rendimento e impostos progressivos sobre a riqueza e heranças para travar a desigualdade.

Autor de “O Capital no Século XXI”, Thomas Piketty tem uma nova obra, “Capital e Ideologia”, em que volta a debruçar-se sobre o tema da desigualdade. Diz, em entrevista à Renascença (acesso livre), que a resposta a este problema está na fiscalidade. Defende os impostos para que aja uma sociedade com menos “super ricos” e pobres.

Estrela no mundo da economia, Piketty diz que a riqueza está concentrada nas mãos de muito, muito poucos, mas defende que não tem de ser assim. A solução para acabar com a desigualdade são, diz, os impostos.

Piketty, para quem a desigualdade não é inevitável, deve recorrer-se ao agravamento da tributação sobre o rendimento, a impostos progressivos sobre a riqueza e heranças, e ainda a novos impostos ambientais para travar a desigualdade. E defende também a distribuição de um rendimento mínimo avultado por todos os jovens adultos.

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Nas notícias lá fora: dívida conjunta, falências e quarentena

A União Europeia já contratou os bancos para arrancarem com a emissão de dívida. Em Espanha, as falências disparam.

A União Europeia já avançou com a contratação de bancos para o programa de emissão de dívida conjunta, que vai arrancar tendo em vista o programa SURE. Já o Parlamento Europeu tem em cima da mesa um voto sobre que expressões se podem utilizar na venda das alternativas vegetarianas à carne, como hambúrguer ou salsicha. Aqui ao lado, em Espanha, dispara o número de processos de falência apresentados, depois de um período em que estiveram em queda. Veja estas e outras notícias que marcam a atualidade internacional.

Financial Times

UE contrata bancos para arrancar programa de emissão de dívida conjunta

A União Europeia (UE) contratou bancos para vender títulos de dívida com maturidades de 10 e 20 anos. A operação, que deverá avançar esta terça-feira, de acordo com fontes próximas do processo, será a primeira no âmbito do SURE, um programa de apoio ao emprego nos Estados-membros. A emissão irá fornecer uma indicação antecipada dos custos dos empréstimos de Bruxelas aos vários países europeus. A UE também vai emitir dívida em 2021 para financiar o fundo de recuperação.

Leia a notícia completa no Financial Times (acesso condicionado, conteúdo em inglês)

Bloomberg

Votação na UE vai decidir se menu diz hambúrguer veggie ou “disco” veggie

Os consumidores que compram alternativas vegetarianas à carne poderão ver “discos” vegetais e “tubos” vegetais nas prateleiras europeias, devido a uma proposta que visa impedir os produtores de alimentos vegetais de usar palavras mais tradicionais nas embalagens. O Parlamento Europeu vai votar esta semana uma alteração que limita o uso de palavras como “hambúrguer” ou “salsicha” exclusivamente para rótulos de carne real. Outra proposta exige uma restrição maior do uso de termos como “cremoso” ou “estilo iogurte” em itens sem laticínios.

Leia a notícia completa na Bloomberg (acesso condicionado, conteúdo em inglês)

El Economista

Processos de falência em Espanha dispararam 55% em setembro

O número de processos de falência em Espanha no mês de setembro subiu para 282, 55% a mais que no mesmo mês de 2019. Durante os primeiros meses da pandemia estes caíram de forma generalizada (-84,8% em abril e -76,1% em maio) devido ao decreto que prorrogou os prazos para a apresentação de falência voluntária até 31 de dezembro, mas agora voltam a acelerar com as empresas a sentirem os efeitos da crise provocada pela pandemia.

Leia a notícia completa no El Economista (acesso livre, conteúdo em espanhol)

Reuters

Debate final entre Trump-Biden terá botão de “mute”

Depois de um debate caótico entre os candidatos presidenciais norte-americanos Joe Biden e Donald Trump, marcados por interrupções durante as respostas, nomeadamente da parte do atual presidente, o encontro final entre os dois vai contar com um botão para silenciar os microfones. Esta medida tem como objetivo permitir que os candidatos falem sem ser interrompidos. A campanha de Trump já se mostrou contra a mudança, mas disse que o republicano irá participar no evento.

Leia a notícia completa na Reuters (acesso livre, conteúdo em inglês)

Business Insider

OMS diz que a Europa não está a fazer bem a quarentena

Depois de uma primeira vaga, em março e abril, os casos de Covid-19 estão novamente a disparar na Europa. A segunda vaga chegou, com milhares de novos casos de infeção pelo novo coronavírus a surgirem diariamente, obrigando os países europeus a reativarem medidas para tentarem controlar a pandemia. A OMS diz que este crescente número de infeções reflete quarentenas mal feitas. Diz que é vital que se isole rapidamente as pessoas infetadas para se conseguir estancar a propagação da doença.

Leia a notícia completa no Business Insider (conteúdo em inglês, acesso livre)

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Pandemia deixa bolsas sob pressão. Lisboa segue quedas

Investidores europeus mantêm reserva perante a subida do número de infeções na Europa para valores recorde. Lisboa desce com pressão da Galp Energia.

É o segundo dia consecutivo de perdas para as bolsas europeias, incluindo Lisboa, com os investidores a manterem uma abordagem cautelosa ao mercado perante a subida do número de casos de infeção pelo novo coronavírus na Europa para recordes e as dúvidas em torno do plano de estímulos nos EUA.

O PSI-20, o principal índice português, abriu com ganhos ligeiros mas já inverteu para “terreno” negativo à boleia dos pares europeus, seguindo em baixa de 0,27% para 4.206,96 pontos.

A petrolífera Galp Energia desce 2,2% e lidera perdas na bolsa nacional. Mais sete cotadas estão a negociar abaixo da linha de água no arranque da sessão, destacando-se os desempenhos desfavoráveis da Nos (-0,72%) e da EDP (-0,27%).

Galp Energia em queda na bolsa

Do lado positivo, há quatro cotadas a tentar contrariar a tendência negativa, com a Jerónimo Martins a subir 0,14% e a EDP Renováveis, que tem somado recordes máximos nos últimos dias, a valorizar cerca de 0,12%.

A sessão também começou em baixa nas principais praças do Velho Continente. O francês CAC-40 e o espanhol IBEX-35 deslizam em torno de 0,10% e a bolsa de Frankfurt está em baixa de 0,30%. O Stoxx 600, composto pelas 600 principais companhias europeias, cede 0,15% para 366,25 pontos.

Antes, os mercados asiáticos também haviam encerrado a sessão desta terça-feira com perdas.

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PAN reúne-se com Governo: “Na especialidade temos de ser mais ambiciosos”, avisa Inês Sousa Real

"Na especialidade temos de ser mais ambiciosos", diz Inês Sousa Real em declarações ao ECO. O partido vê como "muito importante" a reunião desta terça-feira com o primeiro-ministro.

André Silva, a voz mais conhecida do PAN, interrompeu esta segunda-feira a sua licença de paternidade para apoiar o candidato às eleições açorianas, mas pelo meio deixou um recado sobre o Orçamento do Estado para 2021 (OE 2021): é “bastante difícil, neste momento”, o partido votar favoravelmente a proposta do Governo. Em conversa com o ECO, Inês Sousa Real, líder parlamentar do PAN, diz que a reunião desta terça-feira com o primeiro-ministro será “muito importante”, com os olhos postos na fase da especialidade.

Está tudo em aberto relativamente ao sentido de voto“, garante a deputada do PAN. Mas há diferença entre estar distante de um voto favorável ou estar distante de uma abstenção, a qual bastará (em conjunto com o PCP) para viabilizar o OE. Aí, o PAN não se compromete, repetindo a ideia de que não há decisões tomadas. O sentido de voto só será decidido após esta reunião com o Governo num encontro da comissão política nacional do partido, ainda sem data marcada.

Daí que esta reunião com o primeiro-ministro seja “muito importante”, assinala Inês Sousa Real, argumentando que a “crise exige um esforço para que se possa estar à mesa das negociações”. O foco das negociações está agora na parte da especialidade, diz, dado que o OE passou para a esfera parlamentar: “Na especialidade temos de ser mais ambiciosos“. Contudo, para lá chegar é preciso que seja viabilizado no dia 28 de outubro quando for votado na generalidade para ser admitido a discussão pelo que o PAN tentará obter garantias já de antemão.

Apesar de reconhecer a abertura do Governo em público para negociar, o PAN critica que tal, na prática, não se traduza no acolhimento de medidas. Desde logo, um exemplo: o Executivo mostrou abertura para criar uma tara sobre as máscaras descartáveis, mas a proposta não consta da proposta entregue no Parlamento, lembra a líder parlamentar do PAN. Há ainda o caso do novo apoio social sobre o qual é necessário mais informação para saber quantas pessoas abrange. É essa informação que o partido espera receber do Governo nesta reunião.

Mas há mais assuntos em cima da mesa. Apesar de ressalvar que ainda está a analisar a proposta, uma vez que houve alterações desde a sua entrega e o documento é longo, Inês Sousa Real conclui que “o Orçamento é muito pouco ambicioso na viragem para preocupações ambientais e ecológicas“. Há várias áreas em falta, na opinião do PAN: o fim da isenção do ISP, a revisão das PPP rodoviárias — cuja despesa sobe em 2021, nota Inês Sousa Real –, a renegociação do contrato do Novo Banco, a resposta da saúde e temas como a habitação, o combate à pobreza e a eficiência energética. “Eixos que têm de ser mais consolidados no OE”, exige.

Na causa animal, uma das bandeiras principais do partido, o PAN reclama que, apesar de representar um reforço face a 2020, a verba de 4,4 milhões para centros de recolha e de 600 mil euros para a campanha de esterilização é insuficiente, pedindo, pelo menos, o dobro, com uma programação plurianual que garanta que esta prioridade permaneça.

O ECO contactou também o PCP e o Bloco de Esquerda sobre a reunião de terça-feira. Os comunistas declinaram fazer comentários sobre o encontro. Já o Bloco não respondeu às perguntas do ECO.

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Hoje nas notícias: OE, saúde e transportes

  • ECO
  • 20 Outubro 2020

Dos jornais aos sites, passando pelas rádios e televisões, leia as notícias que vão marcar o dia.

O Orçamento do Estado português é o que prevê a maior queda do produto interno bruto na Zona Euro. A pandemia fez disparar a procura das empresas por competências relacionadas com liderança, gestão de equipas e capacidade de motivar os trabalhadores. E a maioria dos portugueses considera que os serviços de saúde estão a funcionar pior do que antes da pandemia nas áreas de tratamento não Covid.

Espanhóis e portugueses vão operar transportes no Porto

Empresas espanholas e portuguesas vão operar o serviço de transportes rodoviários na Área Metropolitana do Porto nos próximos sete anos. O concurso lançado no início deste ano teve como vencedores os grupos Alsa (através da Next Continental) e Vectalia, que foram os mais bem classificados nos cinco lotes em disputa. Porém, nenhum operadora poderá ganhar mais do que um lote, pelo que três deles vão ser atribuídos aos segundos classificados: Empresa de Viação Barranquense, agrupamento Bus on Tour e Auto Viação Feirense e o agrupamento espanhol Monforte e Xerpa Mobility. Leia a notícia completa no Jornal de Negócios (acesso pago).

Governo é o mais pessimista da Zona Euro sobre efeito económico da crise

O Orçamento do Estado português é o que prevê a maior queda do produto interno bruto na Zona Euro, sendo que em 2021 continua 3,6% abaixo dos valores de 2019. O Executivo liderado por António Costa é assim dos mais pessimistas no bloco quanto aos efeitos da pandemia na economia. Por outro lado, encontra-se também entre os Estados-membros que contam com o regresso aos níveis antes da pandemia nos indicadores orçamentais mais rapidamente. Leia a notícia completa no Público (acesso pago)

Dispara procura por cursos para motivar equipas em tempos de Covid

A pandemia de Covid-19 fez disparar a procura das empresas e dos executivos pelas chamadas soft skills relacionadas com liderança, gestão de equipas e capacidade de motivar os trabalhadores, de acordo com as instituições de ensino superior. “O contexto atual obrigou a que todas as pessoas com cargos de liderança de equipas, de projetos ou de negócios fizessem um upgrade às suas competências”, diz Pedro Brito, associate dean para a Formação de Executivos na Nova SBE, que assistiu a “aumentos brutais” na procura por “tudo o que diga respeito à parte mais soft de gestão de equipas à distância, inteligência emocional, capacidade de fazer melhores escolhas em situações de crise e de aumentar os níveis de confiança”. Leia a notícia completa no Público (acesso condicionado)

Portugueses dizem que serviços de saúde pioraram na pandemia

A maioria dos portugueses considera que os serviços de saúde estão a funcionar pior do que antes da pandemia nas áreas de tratamento não Covid. Mais de 60% dos entrevistados na sondagem da Intercampus consideram que os cuidados de saúde pioraram nos últimos meses, enquanto 22,5% considera que estão iguais. Por outro lado, 66,5% dizem que o plano outono/inverno para a pandemia é insuficiente e apenas 15,1% dizem que vai funcionar. Leia a notícia completa no Correio da Manhã (acesso pago)

800 professores em falta iam ter salários entre os 555 e os 750 euros

Os salários entre os 555 e 750 euros líquidos que os professores iriam receber por darem entre oito a 14 horas de aulas por semana, mais outras atividades de acompanhamento e reuniões, não foram suficientes para convencer pelo menos 800 docentes, que recusaram a colocação numa escola. Os números foram revelados por um grupo de professores, que vão ser ouvidos sobre as condições de trabalho no Parlamento esta terça-feira. Reivindicações prendem-se com a alteração dos intervalos de horários colocados em concurso. Leia a notícia completa no Público (acesso condicionado)

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Tesla Model 3 produzido na China vai ser vendido em Portugal

  • Lusa
  • 20 Outubro 2020

Portugal está entre os países onde estes veículos da Tesla serão distribuídos. Espanha, Alemanha, França e Itália são os outros mercados.

O fabricante norte-americano de veículos elétricos Tesla vai começar a exportar o Modelo 3, que é fabricado na China, para a Europa, incluindo Portugal, a partir da próxima semana.

O primeiro lote de veículos, fabricado em Xangai, sairá daquela cidade, na próxima terça-feira, com destino ao porto de Zeebrugge, na Bélgica.

Portugal está entre os países onde estes veículos serão distribuídos. Espanha, Alemanha, França e Itália são os outros mercados.

“Exportar para a Europa implica que o mercado europeu reconhece a qualidade dos Modelo 3 fabricados na China”, disse o diretor de operações e fabrico da unidade de produção da Tesla em Xangai, Song Gang, citado pelo jornal Shine.

A fábrica, que é a primeira da Tesla construída fora dos Estados Unidos, tem como objetivo produzir cerca de 150 mil unidades este ano.

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Portugueses dizem que serviços de saúde pioraram na pandemia

  • ECO
  • 20 Outubro 2020

Cerca de 66,5% dos inquiridos na sondagem da Intercampus acham que o plano outono/inverno do Serviço Nacional de Saúde para a pandemia é insuficiente.

A maioria dos portugueses considera que os serviços de saúde estão a funcionar pior do que antes da pandemia nas áreas de tratamento não Covid, avança o Correio da Manhã (acesso pago). Mais de 60% dos entrevistados na sondagem da Intercampus acham que os cuidados de saúde pioraram nos últimos meses, enquanto 22,5% considera que estão iguais.

Por outro lado, 66,5% dos inquiridos nesta sondagem dizem que o plano outono/inverno do Serviço Nacional de Saúde para a pandemia é insuficiente e apenas 15,1% dizem que vai funcionar. O plano de saúde da Direção-Geral da Saúde (DGS) tenciona manter a linha SNS24 como porta de entrada aos cuidados de saúde para quem tenha sintomas sugestivos de Covid-19, mas também formalizar uma task-force de resposta “não-Covid”, para garantir que todos os doentes têm os cuidados de que necessitam.

Para além disso, o documento prevê o incentivo de “cirurgia eletiva e de ambulatório com avaliação pré-operatória em modelo drive-thru fora dos hospitais, mas existem outras medidas, como a definição de unidades hospitalares “Covid-19 free“. O plano antecipou ainda “para o final de setembro” o início da época vacinal, desde já contra o vírus da gripe.

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