Famílias fecharam 2019 menos confiantes e arrancaram 2020 ainda mais pessimistas

  • Lusa
  • 30 Janeiro 2020

Os consumidores acabaram 2019 com a confiança a cair e o início de 2020 não registou melhorias. As opiniões sobre a situação económica do país e a situação financeira dos agregados está a penalizar.

A confiança dos consumidores voltou a cair em janeiro pelo segundo mês consecutivo e o clima económico aumentou, após ter diminuído em dezembro, divulgou hoje o Instituto Nacional de Estatística (INE).

De acordo com INE, “o indicador de confiança dos consumidores diminuiu em dezembro e janeiro, interrompendo o perfil ascendente iniciado em abril”.

Já o indicador de clima económico recuperou da quebra registada de dezembro, com os indicadores de confiança a aumentarem na indústria transformadora, na construção e obras públicas e no comércio e a diminuírem nos serviços.

A confiança dos consumidores diminuiu de -7,2 pontos em dezembro para -7,8% em janeiro e o indicador de clima económico passou de 2,1 pontos para 2,2 pontos.

A evolução do indicador de confiança dos consumidores resultou, segundo o INE, do “contributo negativo das expectativas relativas à evolução da situação económica do país, da situação financeira do agregado familiar e da realização de compras importantes”.

“Em sentido contrário, as opiniões sobre a evolução passada da situação financeira do agregado familiar contribuíram positivamente”, acrescenta.

O indicador de confiança dos consumidores resulta da média das respostas a um conjunto de quatro perguntas que o INE faz a uma amostra de agregados familiares, nomeadamente sobre qual a situação financeira do respetivo lar (agregado familiar) nos últimos 12 meses, qual a situação financeira do lar (agregado familiar) nos próximos 12 meses, qual a situação económica geral do país nos próximos 12 meses, e se o agregado espera gastar mais ou menos dinheiro em compras importantes (como mobiliário, eletrodomésticos, computadores ou outros bens duradouros) nos próximos 12 meses.

Os inquiridos devem responder entre cinco níveis de resposta. À primeira pergunta as respostas possíveis são: melhorou muito, melhorou um pouco, manteve-se, piorou um pouco, piorou muito ou não sabe.

Para as duas perguntas seguintes as respostas possíveis são: melhorar muito, melhorar um pouco, manter-se, piorar um pouco, piorar muito ou não sabe.

Para a última questão, se espera gastar mais ou menos dinheiro em compras importantes, as respostas possíveis são muito mais, um pouco mais, o mesmo, um pouco menos, muito menos ou não sabe.

São inquiridos mensalmente 2.760 agregados familiares, de acordo com o documento metodológico do inquérito qualitativo de conjuntura aos consumidores do INE.

No espaço do euro e da União Europeia, o indicador de sentimento económico registou fortes subidas em janeiro tanto na zona euro como no conjunto da União Europeia, sobretudo devido ao aumento da confiança nos setores da indústria e construção, segundo estimativas hoje publicadas por Bruxelas.

 

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