Nissan processa Ghosn no Japão. Exige 91 milhões ao ex-presidente
A Nissan processou o ex-presidente Carlos Ghosn, exigindo 91 milhões de dólares por danos causados à empresa. Mas montante reclamado poderá ser maior.
A Nissan deu entrada com um processo num tribunal do Distrito de Yokohama, no Japão, onde procura “recuperar uma parte significativa dos danos monetários infligidos à companhia pelo seu antigo chairman em resultado de vários anos de conduta inapropriada e atividade fraudulenta”, disse a fabricante em comunicado.
O montante reclamado pela Nissan neste processo ascende a 91 milhões de dólares (cerca de 83,4 milhões de euros), mas o valor pode aumentar em função das multas e penalizações que a fabricante poderá vir a ser obrigada a pagar, de acordo com a Bloomberg (acesso pago/conteúdo em inglês)
Carlos Ghosn foi detido em novembro de 2017 acusado de irregularidades financeiras, chegou a ir a julgamento no Japão, mas depois acabou por fugir para o Líbano no final do ano passado.
Nissan e os procuradores nipónicas acusam o ex-presidente da fabricante de automóveis de ter escondido rendimentos e de ter usado dinheiro da empresa para obter ganhos pessoais, acusações que Ghosn negou.
Os danos que a Nissan procura agora reparar, se a ação for bem-sucedida, poderão representar uma parte significativa do património de Carlos Ghosn. Tem uma fortuna avaliada em 70 milhões de dólares, abaixo dos 120 milhões estimados quando Carlos Ghosn foi pela primeira vez a tribunal há um ano, segundo a agência de notícias financeiras.
Com nacionalidade francesa, libanesa e brasileira, Ghosn abandonou o Japão antes da meia-noite de 29 de dezembro através do aeroporto internacional de Kansai, em Osaka, num avião privado que foi para a Turquia, tendo o gestor seguido depois para o Líbano.
Ghosn, que também foi presidente do grupo automóvel francês Renault e da empresa japonesa Mitsubishi, não passou por qualquer controlo migratório, já que terá ido escondido numa mala para chegar ao avião que saiu de Osaka.
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