Investimento em PPR afunda 68% no arranque do ano
O ano começou pior do que acabou no mercado segurador Vida. O investimento em PPR baixou para menos de um terço do ano passado, levando todo o mercado a quebrar 13,4%.
A crise das baixas taxas de juro está instalada no começo do novo ano de 2020. Em janeiro, segundo dados divulgados pela APS – Associação Portuguesa de Seguradores, o conjunto do mercado baixou 13,4%, ou seja, os prémios emitidos baixaram de 1.323.428 para 1.145.847 euros.
Só o ramo Vida quebrou 33,6%, foram menos cerca de 220 milhões de euros em janeiro de 2020, comparando com igual mês do ano passado. Um dos principais reflexos desta tendência é que pela primeira vez o ramo Vida passa a significar menos de metade do mercado total: 38%.
Os ramos Não Vida tornam-se o principal motor do mercado e subiram 6,2%, mantendo-se a subir os ramos de Acidentes de trabalho (+11%), saúde/doença (+8%), Incêndio e Danos na área comercial e industrial (+11%) e automóvel (+7,4%).
Os PPR explicam a grande quebra de vendas que foi principalmente sensível no canal bancário que baixou 71%, uma perda de quase 140 milhões de euros num mês. As causas encontram-se no fraco rendimento destes produtos proporcionado pelas baixas taxas de juro, pelo fim dos produtos com rendimento mínimo garantido e pelo gradual desinteresse das seguradoras em comercializar produtos incapazes de proporcionar retornos satisfatórios aos clientes.
O desvio de investimentos no ramo Vida deu-se, entre classes relevantes em volume, para produtos de capitalização, que cresceu 27% e seguros de risco puro (+5%), que não compensaram as quebras provocadas pelo atual desinteresse no investimento em PPR.
Produção de seguro direto em janeiro 2020
Fonte: APS
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