Petróleo acelera 10%. Mercado confiante num acordo para pôr fim à guerra de preços
Cotações do "ouro negro" valorizam em torno de 10%, depois de Donald Trump ter dito esperar que a Arábia Saudita e a Rússia deverão chegar a um acordo para dar um fim à guerra de preços.
O petróleo dispara nos mercados internacionais. A cotação do “ouro negro” está a acelerar em torno de 10% nos dois lados do Atlântico, com o mercado a revelar confiança face a um acordo entre a Rússia e a Arábia Saudita que permita pôr um fim à guerra dos preços, depois de Donald Trump ter dito que falou com as duas forças do mercado petrolífero.
O preço do barril de brent — referência para as importações nacionais — valoriza 10,27%, para os 27,28 dólares, no mercado londrino, estendendo os ganhos de 8% registados na última sessão. Já o crude negoceia em Nova Iorque com um ganho de 9,11%, para os 22,16 dólares por barril.
As cotações do “ouro negro” distanciam-se assim da barreira psicológica dos 20 dólares, com os investidores a depositarem confiança nas palavras de Donald Trump, mas também do presidente russo Vladimir Putin.
Evolução da cotação do crude
O presidente norte-americana afirmou que falou recentemente com os líderes da Rússia e da Arábia Saudita e disse acreditar que os dois países chegarão a um acordo “dentro de alguns dias” no sentido de terminarem a guerra de preços no mercado petrolífero, permitindo um corte de produção e puxando em consequência pelos preços da matéria-prima.
Trump também disse que convidou executivos do setor petrolífero dos EUA para a Casa Branca com vista a discutir formas de ajudar a indústria “devastada” pela queda na procura de energia durante o surto de coronavírus e na guerra de preços entre a Arábia Saudita e a Rússia.
“O mercado espera que essa intervenção nos EUA nos aproxime de um acordo entre a Arábia Saudita e a Rússia para cortar a produção”, disse Margaret Yang, analista da CMC Markets, acrescentando que a caça por “pechinchas” também está a ajudar os preços do petróleo.
Numa reunião do governo na quarta-feira, Putin também disse que tanto os produtores como os consumidores de petróleo deveriam procurar encontrar uma solução que melhore a situação “desafiadora” dos mercados globais da matéria-prima.
(Notícia atualizada às 9h00)
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