Bolsa de Lisboa acompanha rally europeu. Petróleo afunda, mas Galp dispara 4%
O PSI-20 valorizou em torno de 1,5%, atrás de ganhos que chegaram aos 3% na Europa, com a Galp a dar mais gás ao índice bolsista lisboeta.
A bolsa de Lisboa encerrou com o “pé direito” a última sessão da semana, acompanhando o rally europeu, com os investidores animados face aos sinais que apontam para uma reabertura gradual das economias em plena crise de pandemia Covid-19. O índice PSI-20 somou em torno de 1,5%, atrás de disparos que chegaram a 3% em alguns pares, suportado pelo disparo de 4% da petrolífera Galp que não acompanha o mergulho dos preços do petróleo.
O PSI-20 valorizou 1,59%, para os 4.172,21 pontos, com apenas três dos seus 18 títulos em terreno negativo. Na Europa, o Stoxx 600 — índice que agrega as 600 principais capitalizações bolsistas do Velho Continente — somou 2,4%. Mas os ganhos chegaram aos 3% para o DAX alemão e o CAC 40 francês.
A toada de fortes ganhos registados nas bolsas europeias acontece apesar dos dados desapontantes revelados sobre a economia chinesa. Mas nem todos foram negativos. A produção industrial chinesa caiu apenas 1,0%, “na medida que no início do mês as fábricas começaram a operar e as que reuniram condições conseguiram recuperar uma parte do tempo perdido durante o encerramento forçado”, como refere o BPI no seu comentário de fecho de sessão. Tal ajuda a elevar o sentimento dos investidores, numa altura em que diversas economias europeias começam a de forma gradual retomar atividade.
A notícia positiva relativa a um tratamento para o Covid-19 também deu fôlego aos mercados. A CNBC deu conta que a Gilead, uma empresa farmacêutica americana, está a testar em pacientes a tratamento para o Covid-19, com resultados animadores. Foram 125 os pacientes submetidos ao tratamento, dos quais 113 em estado considerado grave, tendo a grande maioria recuperado apenas numa semana.
Por Lisboa, a Galp foi a cotada que mais energia eu ao índice PSI-20. As ações da petrolífera dispararam 3,93%, para os 9,626 euros, e em contraciclo com as cotações do petróleo que voltaram a mergulhar em Nova Iorque perante os dados económicos negativos por parte da segunda maior economia do mundo: a China.
Galp Energia acelera em bolsa
As cotações do “ouro negro” tombavam 8,2% no mercado norte-americano com o barril do crude a transacionar nos 18,24 dólares. Essa quebra não era, contudo, acompanhada pelo brent londrino, com o preço do barril da matéria que serve de referência para as importações nacionais, a somar 2,3%, para os 28,46 dólares.
Também o BCP deu fôlego ao índice bolsista lisboeta, com as suas ações a ganharem 2,71%, para os 9,85 cêntimos. Próximo deste valor foi também o avanço dos títulos da Sonae que somaram 2,84%, para os 66,95 cêntimos.
(Notícia atualizada às 17h15)
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