Efacec garante ter reduzido “ao mínimo” o recurso a serviços externos
“Empresa reduziu capacidade operacional em 37% das horas trabalhadas, tendo a prestação de serviços sido reduzida ao mínimo, incluindo apenas funções não desempenhadas por trabalhadores", diz Efacec.
A administração da Efacec assegurou esta terça-feira que o recurso da empresa à prestação de serviços externos foi “reduzido ao mínimo” e a funções “não desempenhadas” pelos trabalhadores que ficaram de fora do lay-off implementado devido à pandemia.
“A empresa não parou. Reduziu a sua capacidade operacional em 37% das horas trabalhadas, tendo a prestação de serviços sido reduzida ao mínimo, incluindo apenas funções não desempenhadas por trabalhadores da Efacec”, sustenta a Comissão Executiva da Efacec, liderada por Ângelo Ramalho, num esclarecimento enviado à agência Lusa, em resposta às acusações feitas pelo Sindicato dos Trabalhadores das Indústrias Transformadoras, Energia e Atividades do Ambiente do Norte (Site-Norte).
Num comunicado divulgado na segunda-feira, o Site-Norte tinha acusado a Efacec de estar a subcontratar empresas externas para substituir trabalhadores colocados em lay-off e de pedir o cumprimento de horas extraordinárias a funcionários neste regime.
Na resposta enviada hoje à Lusa, a Efacec “confirma a existência de uma situação de recurso a horas extra”, mas apenas “quando estiveram em causa ‘períodos de vida’ de materiais (operações que têm de ser realizadas num determinado período, tipicamente curto, de tempo) e em que não foi possível de assegurar com os trabalhadores em funções”.
“Quanto ao recurso às medidas de apoio à manutenção dos postos de trabalho, a empresa tem partilhado com a ACT [Autoridade para as Condições do Trabalho] toda a informação solicitada. Adicionalmente, mantém a postura de diálogo e transparência com todas as entidades representativas dos trabalhadores, sendo do conhecimento destes todas as medidas em curso”, sustenta.
Já relativamente à denúncia do sindicato de que a empresa não irá pagar os salários, “como sempre, em 28 do corrente mês”, a Efacec esclarece estar em causa “um atraso de dois dias, derivado dos novos procedimentos necessários no âmbito do processo de lay-off simplificado solicitado e que foi comunicado antecipadamente a toda a organização”.
No que respeita às acusações do Site-Norte de incumprimento de “algumas medidas” previstas nos planos de contingência de combate à pandemia de covid-19, nomeadamente a falta de equipamentos de proteção individual (EPI) e a insuficiente higienização dos locais de trabalho, a Efacec garante estar assegurada “a proteção de todos os que estão a trabalhar nas várias instalações” da companhia.
“A Efacec mantém-se em contacto regular com a Direção-Geral da Saúde (DGS) e segue todas as recomendações, tanto da DGS como da Organização Mundial de Saúde (OMS), para controlo desta epidemia”, sustenta.
Entre as medidas implementadas, a empresa aponta as “limpezas diárias entre turnos; higienizações profundas em diversas instalações; colocação em trabalho remoto do maior número possível de colaboradores; fecho de todas as zonas comuns; visitas do médico de medicina do trabalho para responder a dúvidas sobre o Covid-19 e lançamento de comunicados diários desde o dia 12 de março a toda a organização e geografias, sobre a evolução da situação, medidas adotadas e sugestões para viver em tempos de Covid-19”. “Tudo com a maior preocupação social e humana, apoiando os trabalhadores no trabalho e em casa”, salienta.
De acordo com a administração, “assim que os materiais de proteção Covid-19 ficaram disponíveis no mercado, os mesmos foram sendo adquiridos de acordo com as recomendações da DGS”, tendo sido “distribuídas viseiras a todos os trabalhadores de fábrica e máscaras a todos o que se têm de deslocar ao terreno e aos trabalhadores dos escritórios”.
Já quanto às acusações de “assédio e perseguição aos trabalhadores”, com a “aplicação de processos disciplinares com vista ao despedimento” de vários funcionários, a Efacec diz que “não comenta processos disciplinares em curso”.
“A Comissão Executiva da Efacec lamenta que, mesmo no período excecional vivido no país e no mundo, o Site-Norte mantenha uma postura de ataque, unilateral e não construtiva, não demonstrando compreensão ou valorização pelo que está a ser feito para proteger a saúde de todos os trabalhadores e para manter os postos de trabalho em todas as geografias em que a Efacec opera”, remata.
A nível global, segundo um balanço da agência de notícias AFP, a pandemia de Covid-19 já provocou mais de 211 mil mortos e infetou mais de três milhões de pessoas em 193 países e territórios. Mais de 832 mil doentes foram considerados curados.
Em Portugal, morreram 948 pessoas das 24.322 confirmadas como infetadas, e há 1.389 casos recuperados, de acordo com a Direção-Geral da Saúde.
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