Substituir Siza Vieira? “Não tem fundamento. O meu trabalho é de mero cidadão”
Costa e Silva é o novo conselheiro do Governo que vai desenhar o plano de retoma da economia. O gestor explicou ao ECO que trabalha 'pro bono' e quer falar com partidos, parceiros e empresas.
O gestor da Partex António Costa e Silva vai ajudar o Governo a desenhar o plano de retoma da economia após a pandemia. Ao ECO, explica que é uma tarefa que levará meses e para a qual conta com a ajuda de partidos, parceiros sociais e empresas. Mas garante que cumpre um “dever cívico” e que nada tem a ver com uma eventual substituição de Pedro Siza Vieira no ministério da Economia.
“O meu trabalho é de mero cidadão. É apenas uma tarefa cívica que estou a desempenhar pro bono. Continuo na minha empresa e o resto são especulações sem fundamento“, diz Costa e Silva ao ECO, sobre a possibilidade de ser o próximo ministro da Economia.
A hipótese foi avançada pelo Expresso, ao noticiar que o CEO da Partex está a trabalhar em colaboração com o primeiro-ministro António Costa. O semanário referiu, no sábado, que a saída do ministro das Finanças Mário Centeno do Governo depois do verão poderia ser colmatada com uma passagem de Siza Vieira para as Finanças e a entrada de Costa e Silva para o Governo, com a pasta da Economia.
O CEO da Partex não quis fazer mais comentários sobre essa possível mudança, confirmando apenas que “houve um convite do primeiro-ministro para fazer um plano a médio e longo prazo“. Explicou que esta será uma base de trabalho e que, ao longo dos próximos meses, pretende falar com vários membros da economia, apesar de dois partidos (Bloco de Esquerda e CDS-PP) já terem rejeitado fazer negociações que não sejam com membros do Governo.
"A proteção social das pessoas e das empresas é muito importante. Tem de haver um pacto com o Estado para capitalizar as empresas. É importante ajudar a capitalizar as empresas que têm futuro para não deixar que entrem em coma.”
“O programa tem sete ou oito objetivos estratégicos“, avança engenheiro de minas, apontando para âmbitos como: transportes ferroviários; infraestruturas portuárias; gestão de recursos de água; competências digitais das pequenas e médias empresas; reforço do investimento no sistema nacional de saúde (tanto em equipamentos como em recursos humanos); reconversão industrial; recursos endógenos; coesão territorial ou transição energética. “O que se pretende é uma visão integrada de tudo isto“, aponta.
“A proteção social das pessoas e das empresas é muito importante. Tem de haver um pacto com o Estado para capitalizar as empresas. É importante ajudar a capitalizar as empresas que têm futuro para não deixar que entrem em coma”, defende.
Sublinha, no entanto, que o trabalho está ainda em fase preliminar, que vai ser necessário “definir prioridades e ver qual a margem financeira que há”, bem como encontrar uma estratégia de prestação de contas que permita “evitar que se cometam os mesmos erros que no passado”.
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