Lucro da Oitante sobe para 34,5 milhões de euros e dívida cai 48,2% em 2019
A sociedade-veículo que herdou os ativos do Banif que o Santander não quis efetuou em 2019 "o maior reembolso de dívida desde a sua criação".
O lucro da Oitante, sociedade-veículo que herdou os ativos do Banif que o Santander Totta não quis, aumentou 3,9% em 2019 face a 2018, para 34,5 milhões de euros, tendo a dívida diminuído 48,2%, foi anunciado.
Em comunicado divulgado esta segunda-feira, a Oitante S.A. diz ter efetuado em 2019 “o maior reembolso de dívida desde a sua criação”, no montante de 185,5 milhões de euros, o que permitiu uma diminuição de 48,2% relativamente ao ano anterior.
Em termos acumulados, a amortização da dívida atingiu os 73,3% face ao montante da dívida inicial. Com base nos resultados alcançados, o capital próprio da Oitante aumentou 44,1% face a 2018, somando 113,4 milhões de euros.
No ano passado, a sociedade diz ter obtido “o valor mais alto” desde a sua criação com o processo de alienação de ativos imobiliários, para um total de 199 milhões de euros, dos quais 71 milhões de euros de ativos diretamente detidos, 14 milhões de ativos da Banif Imobiliária e 114 milhões de euros dos fundos imobiliários.
“A carteira de crédito registou ainda uma diminuição face à exposição bruta total em 51,8 milhões de euros e foram efetuadas reduções de capital dos fundos de restruturação no montante de 7,7 milhões de euros”, refere.
No comunicado, a Oitante diz que “a melhoria na eficiência é evidenciada pelo crescimento da proporção das receitas afetas à dívida ao longo dos últimos anos”: Após iniciar o percurso em 2016 com 47 cêntimos de dívida paga por cada euro de receita gerada, em 2019 atingiu os 80 cêntimos de dívida paga por cada euro de receita gerada.
No ano passado, o quadro de pessoal da sociedade contava com 54 colaboradores, menos 21 do que no período homólogo, num ajustamento concretizado através de rescisões por mútuo acordo.
O exercício de 2019 é descrito pela Oitante como “mais um ano focado na permanente busca de medidas que permitam assegurar a maximização do desinvestimento dos seus ativos e, simultaneamente, minimizar os riscos associados para a sociedade”.
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