Lucro do Grupo RAR cai mais de 65% para 3,4 milhões de euros em 2019
O Grupo RAR teve resultados líquidos de 3,4 milhões de euros em 2019, o que representa uma quebra de 65% face aos 9,8 milhões de euros que tinha registado no ano anterior.
O Grupo RAR, dono de empresas como a Vitacress, totalizou 3,4 milhões de euros de lucro em 2019, menos 65,03% do que no ano anterior, foi esta quarta-feira anunciado.
Em 2018, o resultado líquido consolidado do grupo tinha-se fixado em 9,8 milhões de euros. Por sua vez, o volume de negócios atingiu os 781 milhões de euros, abaixo dos 785,4 milhões de euros totalizados no período homólogo anterior.
Já o resultado antes de juros, impostos, depreciação e amortização (EBITDA) situou-se em 60 milhões de euros, valor que compara com os 63 milhões de euros atingidos em 2018.
“Num clima de abrandamento do ritmo de crescimento da economia mundial, o Grupo RAR apresentou uma rendibilidade recorrente dos seus negócios marginalmente aquém da de 2018, ao mesmo tempo que o endividamento líquido se manteve estabilizado em 213 milhões de euros”, indicou, em comunicado, o grupo.
Por empresa, a Colep, que opera no mercado dos produtos de higiene pessoal, cosmética, higiene do lar e farmacêutica, “teve um ano com alguma melhoria dos seus níveis de rendibilidade recorrente”, apesar de ter decidido descontinuar a sua operação de enchimento de líquidos em Bad Schmiedeberg, na Alemanha.
Por sua vez, a Vitacress, que produz saladas prontas a comer e ervas aromáticas, “teve um ano muito forte, com crescimento de rendibilidade em todas as unidades de negócio e reforço das posições de liderança de mercado, nas saladas, em Portugal, e nas ervas aromáticas frescas, no Reino Unido”.
Já a RAR Açúcar “teve um ano desafiante” face ao enfraquecimento dos preços de venda devido aos custos da matéria-prima, situação que registou uma inversão no último trimestre, fazendo antever “um próximo ano bastante mais promissor”.
O ano de 2019 “foi bastante positivo para a RAR Imobiliária”, que concluiu as vendas do projeto “Edifício do Parque”, a alienação de património “de valor significativo”, continuando “em bom ritmo” as vendas da “Quinta do Paço Lumiar”, do qual já foram vendidas mais de três quartos das moradias.
Por último, a Acembex “manteve a sua posição de maior importador de cereais e coprodutos em Portugal”, com crescente atividade em segmentos como o de comida para animais e cereais biológicos.
“A pandemia de Covid-19 teve impactos diretos e quase imediatos nas economias internas de cada país e gerou uma crise mundial sem precedentes, situação que está a desafiar o Grupo RAR a reagir às ameaças e a aproveitar novas oportunidades na gestão das suas operações, cadeias de valor e colaboradores”, lê-se no documento.
No entanto, considerando a informação disponível até à data e o impacto do novo coronavírus, o grupo prevê que 2020 seja um ano com melhoria da rendibilidade devido à “inversão da situação do setor açucareiro europeu, [às] boas perspetivas sustentadas pela competitividade da Vitacress e ao reajustamento da reestruturação da Colep”.
A pandemia de covid-19 já provocou mais de 511 mil mortos e infetou mais de 10,5 milhões de pessoas em 196 países e territórios, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP. Em Portugal, morreram 1.579 pessoas das 42.454 confirmadas como infetadas, de acordo com o boletim mais recente da Direção-Geral da Saúde.
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