Os miúdos cresceram e a roupa deixou de servir? Knot quer dar nova vida à moda infantil em segunda mão
O projeto "re.love" tem como objetivo dar uma nova vida à moda infantil em segunda mão. As peças vão estar disponíveis para venda em setembro e 5% das receitas revertem para a fundação Gil.
O mercado de compra e venda de roupa em segunda mão está em franco crescimento e a ganhar adeptos. As preocupações são económicas e sobretudo ambientais: isto porque, para a produção de um 1 kg de algodão exige o gasto de 10.000 litros de água e emite 28 kg de dióxido de carbono para a atmosfera. É o mesmo que percorrer 112 km de carro ou encher 100 banheiras com água. Tratando-se de crianças, que estão em permanente crescimento e depressa deixam de caber mas roupas compradas pelos pais, a lógica de reutilizar a moda infantil faz ainda mais sentido.
Foi a pensar nisto que a marca Knot, cujas peças são concebidas, desenhadas e produzidas em Portugal, para crianças dos 0 aos 12 anos, lançou o novo projeto de venda de roupa usada “re.love”. A iniciativa arranca já neste mês de julho, com uma primeira fase de angariação de roupa. Depois, em setembro, as peças angariadas vão estar à venda na loja online e nos canais da marca, com 5% do valor das vendas a rever para a Fundação Gil.
“Queremos envolver o cliente Knot com a marca para além da compra tradicional, mas também ir de encontro a um novo tipo de consumidor, com outras preocupações na forma como compra e que privilegia formas alternativas de consumo”, explica a fundadora da Knot, Carla Caetano, em comunicado.
De acordo com a marca, este é um projeto a pensar no planeta, que faz repensar a forma se consome moda infantil, em função de preocupações ambientais. “O lançamento deste projeto acaba por ser um passo natural na sequência do que já tem vindo a ser construído pela marca. A Knot produz localmente com parceiros portugueses, utilizando materiais naturais e assegurando uma qualidade superior dos produtos, para que perdurem por várias gerações. Enquanto marca, faz sentido contribuir para um mundo melhor”, refere o mesmo comunicado
A roupa Knot em segunda mão — mas “como nova” –, que será angariada em julho, segue depois para lavagem e nova etiquetagem, para voltar às “prateleiras” em setembro. Tanto quem doa como quem compra terá vantagens.
“Ao cliente que entrega a peça é-lhe atribuído saldo Knot+ (programa de fidelização da marca), assim como ao cliente que compra em segunda mão, que recebe 15% do valor da compra em saldo Knot+ (valor superior aos 10% atribuídos habitualmente na compra de peças em primeira mão”, explica a fundadora da marca 100% portuguesa.
Na primeira compra de uma peça re.love, o cliente irá receber de oferta um saco de pano reutilizável. Nas compras seguintes deverá trazer o seu próprio
saco. As etiquetas de papel também podem ser reutilizadas como marcadores de livros, diz a marca.
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