Uma em cada quatro empresas está a trabalhar com menos funcionários
Nas primeiras duas semanas de julho, 99% das empresas em Portugal já estavam a funcionar, contudo, ainda não tinham todos os funcionários a laborar.
No início de julho já quase todas as empresas instaladas no país estavam a funcionar, ainda que parcialmente. Uma em cada quatro empresas estava a laborar com menos funcionários, conclui o inquérito do Instituto Nacional de Estatística (INE) e do Banco de Portugal (BDP). O setor do alojamento e da restauração foi aquele que mais redução do pessoal registou na primeira quinzena de julho.
Como seria de esperar, devido à situação atual, mais de metade das empresas reportou uma redução do volume de negócios na primeira quinzena de julho, sobretudo no setor do alojamento e da restauração. Ainda assim, nessa altura, entre 23% a 31% das empresas já tinha beneficiado das medidas de apoio do Governo, incluindo o lay-off simplificado, considerando-as “muito importantes para a sua situação de liquidez”.
Face à redução do volume de negócios, 24% das empresas estava a funcionar com menos trabalhadores. O alojamento e restauração foi o setor onde mais empresas referiram uma redução no pessoal ao serviço na primeira quinzena de julho, refere o inquérito do INE/BdP.
Desde o início da pandemia, 17% das empresas reduziu o número de postos de trabalho, enquanto 76% não registou qualquer impacto no total de pessoas empregadas. A larga maioria das empresas (83%) planeia manter os postos de trabalho até ao final do ano, sendo que nas restantes existe um relativo equilíbrio entre as que perspetivam aumentos e reduções.
Quanto às empresas que beneficiaram do lay-off simplificado, 77% acredita que teria diminuído o número de funcionários desde o início da pandemia se não tivesse recebido apoios estatais. Nos próximos meses, 38% das empresas pretendem recorrer ao incentivo extraordinário à normalização da atividade na sequência do termo do lay-off simplificado em agosto, enquanto 30% deverá optar por manter o recurso ao lay-off simplificado ou recorrer ao apoio à retoma progressiva.
15% diz não resistir por mais de dois meses sem apoios
Desde abril que a percentagem de empresas a funcionar tem vindo a aumentar, à medida que vão sendo aliviadas as medidas de confinamento. De acordo com aquele inquérito, nas duas primeiras semanas de julho 99% das empresas já estavam em funcionamento, sendo que o setor do alojamento e da restauração foi aquele que registou a percentagem mais baixa com 93% das entidades a laborar.
Ainda assim, comparando com os primeiros meses de pandemia, a “situação de liquidez das empresas melhorou face a abril”. Na primeira quinzena de julho, 59% referiu conseguir manter-se em atividade por um período superior a seis meses sem medidas adicionais de apoio à liquidez. Contudo, 15% ainda não acreditava ser capaz de se manter em atividade por mais de dois meses.
(Notícia atualizada às 11h51 com mais informação)
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