Dividendos caíram 108 mil milhões durante pandemia
Todas as regiões, à exceção da América do Norte, registaram quebras nos dividendos, sendo que a Europa e o Reino Unido foram as regiões mais afetadas.
A pandemia obrigou empresas e bancos a congelarem o pagamento de dividendos aos investidores. Os acionistas receberam menos 108 mil milhões de dólares (mais de 92 mil milhões de euros) entre abril e junho, o que representa uma queda de 22% face ao mesmo período do ano passado.
Aproximadamente um quarto das empresas (27%) que iam pagar dividendos no segundo trimestre cortou a remuneração a atribuir aos acionistas, sendo que metade deste grupo cancelou os dividendos por completo.
Ainda assim, foram distribuídos pelos acionistas um total de 382,2 mil milhões de dólares (acerca de 322 mil milhões de euros) no trimestre passado.
Com base nas 1.200 maiores empresas e bancos mundiais, os analistas da gestora de ativos Janus Henderson, citados pelo jornal The Guardian (acesso livre/conteúdo em inglês), concluíram que se tratou da maior queda trimestral do seu índice de dividendos globais desde a sua criação, no final de 2009, na sequência da crise financeira mundial.
Outra conclusão: todas as regiões, à exceção da América do Norte, registaram quebras nos dividendos. A Europa e o Reino Unido foram as regiões mais afetadas, de acordo com a análise da Janus Henderson.
“A maioria das empresas europeias paga os dividendos apenas uma vez por ano, durante o segundo trimestre. Por isso, o cancelamento do dividendo tem um impacto desproporcionalmente maior no total anual. Mas isso também significa que 2021 deverá mostrar uma recuperação na Europa”, referiu Jane Shoemake, diretora de investimentos da Janus Henderson.
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