Cofina diz que cumpre lei após queixa de Mário Ferreira à ERC
A Cofina diz pautar a sua atuação "pelo cumprimento escrupuloso das exigências legais e regulatórias que lhe são aplicáveis" depois de Mário Ferreira ter apresentado uma queixa à ERC contra o grupo.
A Cofina pauta a sua atuação “pelo cumprimento escrupuloso das exigências legais e regulatórias que lhe são aplicáveis”, disse esta terça-feira à Lusa fonte oficial, um dia depois de o empresário Mário Ferreira ter apresentado uma queixa contra o grupo.
O empresário Mário Ferreira, acionista da Media Capital, com 30,22% do capital do grupo, entregou na segunda-feira uma queixa na Entidade Reguladora para a Comunicação Social (ERC) contra o grupo Cofina, pelo ataque que considera lhe está a ser feito.
“A Cofina, sendo um grupo admitido à negociação em bolsa e que atua num setor objeto de apurada regulação e visibilidade social, encontra-se sujeita a um permanente escrutínio no exercício da respetiva atividade”, começou por referir fonte oficial da dona do Correio da Manhã.
Segundo a mesma fonte, “neste enquadramento, a Cofina pauta a respetiva atuação pelo cumprimento escrupuloso das exigências legais e regulatórias que lhe são aplicáveis, seguindo sempre as diretrizes das autoridades competentes”.
“Conforme é do conhecimento público, a Cofina anunciou uma oferta pública de aquisição sobre a Media Capital, que se encontra atualmente a correr os seus termos, e no âmbito da qual a Cofina obteve já autorização da ERC e a não oposição da Autoridade da Concorrência”, prosseguiu a mesma fonte.
“Esta oferta enquadra-se no objetivo da Cofina de, por via da integração no respetivo grupo, promover o desenvolvimento empresarial da Media Capital, valorizando-a enquanto meio de comunicação de elevado interesse público”, rematou fonte oficial.
De acordo com Mário Ferreira, nos últimos meses houve mais de 250 notícias nos órgãos de comunicação social do grupo Cofina – do qual fazem parte, entre outros, o Correio da Manhã, o Jornal de Negócios e a Sábado – sobre o empresário, dono da Douro Azul. Se for tido em conta o universo Media Capital, segundo o empresário, são mais de 1.000 notícias.
Mário Ferreira entendeu que ficava claro que o objetivo da Cofina era condicionar as decisões da ERC e da Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM).
“Há uma clara perseguição e tentativa de manipulação dos mercados com o objetivo de baixar preços, afastar potenciais investidores e comprar ao desbarato”, disse na segunda-feira à agência Lusa o empresário, que em 14 de maio comprou, através da Pluris Investments, 30,22% da Media Capital, dona da TVI, por 10,5 milhões de euros.
Em 21 de julho, fonte oficial da CMVM disse à Lusa que este organismo está a analisar a relação entre a Prisa, que controlava a Media Capital através da Vertix, e a Pluris, e o impacto na estrutura de controlo da Media Capital.
Também a ERC está a analisar as mudanças na estrutura acionista da TVI.
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