INE alerta para travagem da economia. “Ritmo de recuperação foi mais lento em setembro”
O INE antecipa que o ritmo de recuperação da economia foi "mais lento" em setembro do que nos meses anteriores.
O Instituto Nacional de Estatística (INE) alerta que o ritmo de recuperação da economia, após o choque inicial da crise pandémica, desacelerou em setembro face aos meses de verão, de acordo com a Síntese Económica de Conjuntura de setembro divulgada esta terça-feira.
“Em Portugal, não considerando médias móveis de três meses (ver secção seguinte), a informação disponível revela uma contração progressivamente menos intensa da atividade económica entre junho e setembro”, explica o Instituto Nacional de Estatística”, assinalando, porém, uma travagem: “O ritmo de recuperação foi mais lento em setembro que nos meses anteriores“, alerta.
O mesmo aconteceu na Zona Euro onde a recuperação económica continuou em setembro, mas a um ritmo “mais lento”. Houve um aumento da confiança na indústria, comércio a retalho, construção e, em particular, nos serviços, tendo a melhoria da confiança nos consumidores sido “ténue”.
Este é o primeiro sinal claro — será preciso esperar até à segunda quinzena de novembro para se saber o PIB do terceiro trimestre — de que a recuperação da economia pode ter desacelerado com a deterioração da situação pandémica, levando a uma maior precaução por parte dos consumidores. No caso de Portugal, o indicador de confiança dos consumidores caiu em setembro.
Este indicador permanece assim “num patamar relativamente próximo nos últimos três meses após a recuperação parcial observada em maio e junho, mas situando-se ainda significativamente abaixo dos níveis pré-pandemia”. Entre agosto e setembro, os portugueses mostraram-se mais pessimistas sobre a evolução futura da economia portuguesa e sobre a sua situação financeira particular. Contudo, é de assinalar que aumentaram as expectativas relativas à realização de compras importantes.
Já o indicador de clima económico, que junta as opiniões das empresas, continuou a recuperar em setembro. Os indicadores de confiança aumentaram na construção e obras públicas e nos serviços, tendo diminuído no comércio e na indústria transformadora.
(Notícia atualizada às 11h34 com mais informação)
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