Porto, Braga e Águeda na lista das 88 cidades consideradas como líderes ambientais
Porto, Braga e Águeda estão entre 88 cidades em todo o mundo consideradas líderes ambientais. Lista reconhece esforços para reduzir emissões de gases e criar resistência aos impactos das alterações.
Portugal está a ganhar destaque a nível internacional pelas práticas sustentáveis das suas cidades. Porto, Braga e Águeda foram as eleitas para figurar na lista de 88 cidades do mundo consideradas como líderes ambientais, segundo uma lista desenvolvida pela organização não-governamental Carbon Disclosure Project (CDP).
No ranking deste ano, as três cidades portuguesas conseguiram obter pontuações que lhes valeram a distinção “classe A”, que reconhece os esforços levados a cabo pelos municípios para reduzir as emissões de gases com efeito de estufa e criar resistência aos impactos das alterações climáticas.
No ano passado as cidades portuguesas “classe A” foram Lisboa, Sintra e Guimarães. No entanto, nenhuma das três conseguiu em 2020 destacar-se como centros urbanos “a trabalhar para se tornarem locais resilientes, saudáveis e prósperos para se viver e trabalhar, ao mesmo tempo que reduzem as emissões e constroem rapidamente resiliência contra as alterações climáticas”.
De acordo com a lista divulgada esta segunda-feira, a Dinamarca destaca-se pelo número de cidades europeias com melhor pontuação, seis, seguindo-se a Suécia (cinco), a Finlândia (quatro) e depois Espanha e Portugal, com três cidades cada. No total há 34 municípios europeus na lista “classe A”, que tem vindo a ser cada vez mais dominada por cidades norte-americanas.
A organização ambientalista internacional refere que as 88 cidades de “classe A” fizeram grandes progressos desde a assinatura do Acordo de Paris, demonstrando que é possível uma ação impactante e urgente. Estas cidades intensificaram-se, estabelecendo objetivos ambiciosos e adaptando-se aos impactos das alterações climáticas”.
No caso do Porto, o presidente da Câmara, Rui Moreira, deu o seu testemunho para o relatório do CDP e referiu que a cidade “comprometeu-se a reduzir as emissões de gases com efeito de estufa em 50% até 2030. É absolutamente crucial o papel das cidades na mitigação e adaptação às alterações climáticas, liderando pelo exemplo, envolvendo empresas, universidades e cidadãos para alcançar os objetivos globais estabelecidos no Acordo de Paris”. O autarca sublinhou também os investimentos feitos em eficiência energética, produção de energia renovável e intervenções bioclimáticas em edifícios públicos, bem como transportes públicos com zero emissões de carbono, para tornar o Porto “mais saudável, mais ecológico, mais sustentável e mais resistente”, refere o portal de notícia do Porto.
O CDP é uma organização sem fins lucrativos que apoia investidores, empresas, cidades e regiões a gerir os impactos ambientais. Obtém financiamento da União Europeia e este ano perto de 10.000 empresas, que representam mais de metade da capitalização do mercado global, divulgaram os dados ambientais através do CDP.
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