Jerónimo de Sousa critica BE: “Se há avanços na OE, todos têm marca do PCP”
O secretário-geral do PCP criticou o BE por "desistir" das negociações do Orçamento do Estado para 2021: "Se há avanços, todos têm a marca do PCP", apontou Jerónimo de Sousa.
O secretário-geral do PCP apontou baterias ao Bloco de Esquerda no discurso de encerramento do congresso do partido, tendo ainda atacado o que considerou ter sido uma “operação” para impedir a realização do encontro, tendo como pretexto a pandemia.
Jerónimo de Sousa começou por criticar a “política de direita na rodagem entre PS, PSD e CDS” e alertou que é necessário “reverter rapidamente o caminho da recessão económica” e a crise social. “Como fizemos no quadro do Orçamento do Estado, um caminho que ficou curto porque o PS não se liberta das suas escolhas e opções”, disse.
No entanto, criticou também os bloquistas, ainda que sem mencionar o nome do partido, por terem tentado chumbar o documento, tomando para o PCP os louros de algumas medidas inscritas no Orçamento.
“Enquanto alguns desistiram e passaram ao lado dos problemas, se há avanços, consagrados e dirigidos aos trabalhadores, aos reformados, às pequenas empresas, à cultura, ao Serviço Nacional de Saúde e aos seus profissionais, todos têm a marca e a contribuição da proposta do PCP”, rematou o líder comunista.
Indicando que o partido mostrou ser possível uma “política alternativa de esquerda”, Jerónimo de Sousa disse também que essa “alternativa política não é possível só com o PCP, mas também não será possível sem o PCP”. “É um partido necessário e indispensável para construir um futuro de progresso e de desenvolvimento. Com o PCP, a vida avança. Onde se vê progresso e avanço, o PCP está lá”, frisou.
A mensagem seguinte foi apontada aos críticos da realização de um congresso presencial em plena pandemia, e contornando o recolher obrigatório. “Os direitos defendem-se, exercendo-se”, disse Jerónimo de Sousa.
Apesar de reconhecer que a situação sanitária é preocupante (“Quem estiver despreocupado com a situação sanitária está distraído”, disse), e sinalizando ser necessário “acompanhar as medidas sanitárias e as recomendações das autoridades de saúde”, Jerónimo de Sousa acrescentou: “Estivemos aqui exercendo direitos democráticos que, durante 48 anos de ditadura fascista, foram proibidos e que conquistados com abril acabaram por ser consagrados na Constituição da República e na lei.”
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